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Mostrando postagens de janeiro 20, 2009

China, a vez dos sociólogos – Por António Caeiro

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Considerada até há pouco tempo uma “disciplina burguesa”, a sociologia parece desempenhar hoje um papel central na vida académica e politica da China, proporcionando aos seus investigadores uma liberdade surpreendente. “Nos próximos trinta anos devemos libertar a sociedade das mãos do Estado, como fizemos com a economia durante os últimos trinta anos de reforma e abertura”, diz Shen Yuan, vice-director do Centro de Estudos da China Contemporânea da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Qinghua , em Pequim. Trata-se de uma das mais prestigiadas universidades chinesas, onde se formaram importantes membros da actual liderança chinesa, incluindo o secretário-geral do Partido Comunista e presidente da Republica, Hu Jintao, e o vice-presidente, Xi Jinping, apontado como o seu provável sucessor. O sociólogo francês Jean-Louis Rocca, professor na Qinghua, é peremptório: “ A liberdade de tom utilizada pelos sociólogos chineses põe em causa o que habitualmente se pensa no Oci

Acesso ao livro na conjuntura da crise – Por Rosely Boschini

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Nas crises econômicas como a atual, a indústria da cultura, na qual se incluiu o setor editorial, pode ser mais duramente afetada do que outros segmentos. O problema tende a ser mais acentuado nas nações emergentes e nas que se encontram em desenvolvimento, de modo proporcional ao que se observa em tempos de vacas gordas. Afinal, as taxas históricas do nível de emprego e inclusão social têm efetiva congruência com os índices de leitura. O brasileiro lê, em média, 4,7 livros por ano. Na Alemanha, por exemplo, são 6,3 volumes por habitante/ano; na França, sete; na Itália, cinco; e nos Estados Unidos, 8,2. É natural que um povo que ganha mais compre mais livros, assim como bens de consumo de um modo geral. Embora haja muita verdade nesta análise, não se pode ignorar que o nível de desenvolvimento das nações guarde estreita relação de causa-efeito com a cultura, a informação e o conhecimento. Assim, neste momento de adversidade macroeconômica, é imprescindível multiplicar os esforços volt