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Mostrando postagens de julho 23, 2009

Entre a civilização e a barbárie – Por José Miguel Arias Neto

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Partindo do marco negacionista da Segunda Guerra Mundial, o pesquisador José Miguel Arias Neto expõe a seguir o trajeto do crescimento da preocupação dos historiadores com a ética. No século XIX, os historiadores eram comprometidos com a criação da nação, dos nacionalismos e da cidadania pensados em termos mais ou menos homogêneos: um território, uma língua, uma etnia. Ora, esse programa conduziu à catástrofe da civilização europeia que alcançou seu apogeu durante a Segunda Guerra Mundial . Como observou Hannah Arendt: “ Durante a última guerra, essa catástrofe manifestou-se sob a forma do mais violento furor de destruição jamais experimentado pelas nações europeias”. A partir daí é que vai surgir, por assim dizer, um novo paradigma no âmbito das ciências humanas. É importante mencionar dois elementos cruciais nesta transformação. De um lado, a própria concepção de direitos humanos que surge a partir da guerra e se fundamenta na ideia da unidade e da diversidade da humanidade. Ela é p