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Mostrando postagens de outubro 26, 2009

Pesquisadores fazem encontro sobre ciências sociais em MG

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Cerca de 3 mil pesquisadores de sociologia, antropologia, ciência política e relações internacionais se reunirão durante uma semana em Caxambu, no sudeste de Minas Gerais, de 26/10, no 33º encontro anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs). Durante o evento, que vai até o dia 30/10, os cientistas sociais farão cerca de 700 apresentações sobre temas diversos e da agenda pública atual, como os 20 anos da queda do Muro de Berlim, as eleições gerais no próximo ano, a violência urbana e a desigualdade social, racial e de gênero. Os encontros da Anpocs permitem intercâmbio entre professores e estudantes de 87 programas de pós-graduação de todo o país. “Academicamente, esses encontros são muito relevantes. O evento é o lugar onde os pesquisadores fazem com que os seus trabalhos passem pelo primeiro teste, aquele da leitura de seus pares e de discussão com companheiros de ofício”, afirma a socióloga Maria Alice Rezende de Carvalho, presidente d

Um mergulho na história da Justiça brasileira – Por Mauricio Stycer

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Os autores: Paulo Guilherme de Mendonça Lopes e Patrícia Rios, ao lado, Ricardo Tosto. Da criação da Casa de Suplicação do Brasil , em 1808, à instalação do Conselho Nacional de Justiça , em 2005, são dois séculos de avanços e recuos na construção do Poder Judiciário brasileiro . É uma história repleta de percalços, conflitos e dificuldades, mas também de glórias, mostram os advogados Paulo Guilherme de Mendonça Lopes e Patrícia Rios em “Justiça no Brasil – 200 anos de história” . O livro se propõe, como observa o advogado Ricardo Tosto na apresentação, a revelar “a riqueza oculta nas raízes da atual estrutura judiciária brasileira”. Lembra Tosto que a criação da Casa de Suplicação por iniciativa de D. João, em 1808, levou o Brasil a conquistar autonomia judicial 14 anos antes de sua independência política, mas ao preço, como mostram os autores, do estabelecimento de uma legislação desigual, que beneficiava a Inglaterra. Em 187 anos de independência, aponta Tosto, o Brasil te
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duas-obras-de-aleijadinho-foram-redescobertas-em-mg fonte: http://noticias.uol.com.br

Obviedade recodificada – Por Marcelo Campos

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O artista Hélio Oiticica declarara um interesse profundo em trabalhar com as imagens óbvias que desenharam a nossa brasilidade. Com isso, o Tropicalismo abriu espaço para refletirmos sobre o kitsch das decorações e gostos populares, o exótico de nossos símbolos nacionalistas: ``banana is my business``. Lá, nos anos 1960, a arte brasileira vislumbrava um possível caminho de aceitação e, ao mesmo tempo, crítica às imagens que construíram nossa brasilidade. Na mesma época, com o surgimento do chamado pós-modernismo, a originalidade das imagens e a ideia de invenção do novo deixaram de ser objetivos dogmáticos. Artistas lançavam mão das apropriações tanto de materiais e objetos quanto de imagens pré-existentes. Atitudes que tiveram ascendência nas colagens cubistas e nas apropriações de Marcel Duchamp no início do século XX. Abria-se uma tarefa para as artes: trabalhar com a recodificação da realidade, investir nas imagens óbvias que nos acompanham nos cartazes das ruas, nas embalagens

Evangelho de um Primário – Por Daniel Oliveira

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[ A propósito da polêmica sobre o novo livro de José Saramago] No dia 29 de Novembro/09 a Suíça vai referendar a proibição de construção de minaretes em mesquitas. A interdição não se aplica, como é evidente, às torres das igrejas, apesar de uns e outras terem exactamente a mesma função. Este é o desrespeito que não se tolera: quando fiéis, convencidos da sua superioridade religiosa, limitam a liberdade de culto dos restantes. Ou quando uma religião quer fazer das suas leis as leis do Estado e, por isso, de todos nós. Fora isso, a religião, os seus fundamentos e os seus livros merecem tanto respeito como qualquer outra coisa na terra: nem de menos, nem de mais. Não é, por isso, a falta de respeito que me incomoda nas declarações de Saramago sobre a Bíblia (e nem comento os apelos a que renuncie à nacionalidade portuguesa). Muito menos a mim, ateu de pai e mãe e razoavelmente anticlerical. É o primarismo. Como reduzir um conjunto de textos tão complexo e contraditório a "a

U2 faz música com fé sem rótulo de rock cristão

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O U2 tem uma carreira admirável no rock ‘n’ roll, tipo de música notório por recompensar artistas que cantam sobre coisas mais simples do que o mundo em que vivemos e o lugar que nele ocupamos. A banda – ou, em alguns casos, apenas Bono, seu homem de frente – já desempenhou o papel de pop star, pária, filho pródigo e proselitista. Porém, ao longo de seus 30 anos de carreira, a espiritualidade do U2 nunca rotulou sua música como rock cristão - estigma considerado medíocre no circuito comercial da música. O U2 vem mantendo primorosamente tanto seu lado espiritual como seu lado laico - em proporções que não limitariam seu alcance de público. Greg Garret, professor da Baylor University e autor do livro: “We Get to Carry Each Other: The Gospel According to U2” (Nós temos que nos apoiar: o evangelho segundo o U2), afirma que o rock cristão se tornou uma frase tóxica no pop por uma boa razão: “Temos a arte cristã, onde a arte é menos importante do que seu lado cristão. As crenças do U2 s

Ensino religioso conquista os alunos- Por Priscilla Castro

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Português, matemática e ciências são matérias obrigatórias na grade curricular de qualquer aluno. Do 1º ao 9º ano, crianças e adolescentes estudam as mais diferentes disciplinas e exercitam atividades para auxiliar no aprendizado do que vai servir para o futuro vestibular. Essas práticas são obrigações, ou seja, ninguém pode escolher se quer ou não estudar. No entanto, nem tudo é compulsório dentro das salas de aula e um tema que vem ganhando destaque e interesse dos jovens é exatamente um que eles podem escolher: o ensino religioso. Obrigatório às escolas públicas e particulares de Ensino Fundamental desde 1997, mas facultativo aos alunos, o ensino religioso está conquistando a adesão dentro das salas de aula. Os estudantes se mostram interessados não só em conhecer outras crenças, mas também em entender como a religião funciona na vida de cada um. Segundo os professores, as turmas são completamente preenchidas pelos alunos que passam a reconhecer a importância do tema. “Desinte