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Mostrando postagens de maio 17, 2010

Grandes organizações muçulmanas não participam de Conferência Islâmica em Berlim - Por Klaus Dahmann

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A Conferência Islâmica começa em Berlim após longas e ferrenhas discussões sobre participação no grêmio coordenado pelo governo alemão. Duas grandes congregações muçulmanas ficam de fora. Hoje, segunda-feira (17/05), começa a segunda etapa da Conferência Alemã Islâmica , diálogo entre representantes do Estado alemão e de organizações muçulmanas no país. Depois de quatro anos sob a coordenação do ex-ministro do Interior, Wolfgang Schäuble, o atual titular da pasta, Thomas de Maizière, tem a tarefa agora de concretizar propostas. Trata-se da formação de imãs em universidades alemãs, aulas de religião islâmica nas escolas do país, além da rejeição oficial a tendências anti-islâmicas e à islamofobia na sociedade. De um lado, participam do grêmio representantes dos governos federal, estadual e de algumas prefeituras alemãs. Do outro, associações que congregam aproximadamente 20% dos muçulmanos na Alemanha , bem como indivíduos não ligados a organizações específicas, mas que contribuem p

Professor da UFPR fala sobre a geografia da religião - Por Tatiane Fernandes

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O auditório do Juvenal Miller sediou, na tarde de ontem (16/05), a palestra: Geografia da Religião , ministrada pelo professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) , dr. Sylvio Fausto Gil Filho. A palestra abordou questões relacionadas à diversidade religiosa como um registro da dinâmica e evolução das expressões e manifestações culturais e sociais do mundo contemporâneo. O palestrante afirmou que a religião afeta o processo cultural e que ela é parte da civilização da humanidade. “Através das crenças, as pessoas passaram a distinguir o certo do errado, no entanto, ela não pode ser vista como uma verdade absoluta, precisa ser contextualizada”, afirmou o professor. Segundo ele, o homem religioso enxerga o mundo pelas perspectivas da sua religião, e o homem que não é religioso é abalado por acontecimentos e datas comemorativas. Sylvio também constatou que houve um tempo em que se acreditou que a religião iria desaparecer, como acontece e

FAPESP: Império sob ótica jurídica

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Grande parte da historiografia brasileira relegou a um plano secundário o capítulo que versa sobre a história das instituições no Império (1822-1889). Assim, essas instituições são lembradas na maioria das vezes como símbolos de atraso e ineficiência, em um país que necessitava passar por mudanças profundas. Os livros: "O Supremo Tribunal de Justiça (1828-1889): uma história" e "O Oráculo de Delfos, o Conselho de Estado no Brasil-Império" , que acabam de ser lançados, abrem um caminho que traz à tona novas perspectivas interpretativas sobre a história cheia de lacunas da justiça brasileira e de suas instâncias jurídicas. O duplo lançamento revisita o período imperial e mostra que tanto o Supremo quanto o Conselho de Estado foram instituições importantes e ao contrário do que se imagina e apesar das críticas, foram decisivos na tentativa de impor a legalidade no país a partir do cumprimento da lei e da fiscalização dos atos públicos. O livro sobre o Supremo é org

As festas do Espírito Santo nos Açores: razões para a sua permanência e causas da decadência - 1ª parte - Por Carlos Enes

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Origens As festas do Espírito Santo têm origem no pensamento do abade cisterciense, Joaquim de Fiore, que viveu no século XII. De acordo com a sua teoria da História, o mundo teria passado pela Idade do Pai ou da Lei, pela Idade do Filho ou da submissão filial e ia entrar na Idade do Espírito Santo que correspondia a uma etapa da fraternidade entre os povos[1]. Coroação - Velas, São Jorge - anos 60 O pensamento do monge calabrês espalhou-se pela Europa e chegou à Península Ibérica através dos monges de Cluny, de Cister e dos franciscanos "espiritualistas". No século XII, já há notícias de confrarias do Espírito Santo espalhadas por várias localidades da França[2] e por outras cidades de diversos países que dispunham de casa própria para guardar oferendas de pão, vinho e outros comestíveis. No que respeita a Portugal, embora existam notícias de uma confraria do Espírito Santo em Benavente, em 1237, todas as fontes apontam para a introdução do culto no reinado de D. Dini