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Mostrando postagens de julho 13, 2010

Reação ao avanço evangélico

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Há consenso entre os pesquisadores de que a movimentação político-eleitoral dos católicos é uma reação à crescente presença dos evangélicos no parlamento. Tanto para o cientista político Michel Zaidan, professor da pós-graduação de Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), quanto para a historiadora Sylvana Brandão, professora de UFPE , não há nada de novo nessa atitude. "É um contraponto aos evangélicos. Em particular para concorrer com as igrejas neopentecostais, que privilegiam o louvor e o exorcismo", considera Zaidan.   O cientista político ressalta que os gestos dos grupos leigos católicos, em especial, não devem ser encarados como uma ação da Igreja Católica . "Isso é coisa de leigos. Não é da instituição", analisou. De acordo com ele, a Igreja não tem atualmente projeto político ao contrário do passado, quando em acordo com o estado instituiu o padroado. O padroado permitia ao imperador nomear e exonerar padres, enquanto esses receb

Orixás guiam leitor em HQ sobre contribuição africana para o Brasil - Por Taíza Brito, do blog Viva Pernambuco

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" Esta não é uma história comum. É a história – ou parte dela – de um povo e de sua contribuição para uma nação". É por meio desta afirmação que o leitor entra em um universo repleto de verdes, águas, terra, magia e realidade, numa mistura de cores, sons e cheiros que parecem criar vida e sair do papel nas 90 páginas do livro em quadrinhos AfroHQ. A publicação foi lançada na  sextafeira 02/07, às 19h, na Livraria Cultura, no Recife. O texto e a pesquisa são do sociólogo Amaro Braga, professor do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e os desenhos e a pintura são das arte-educadoras Danielle Jaimes e Roberta Cirne. O AfroHQ , aprovado em 2008 pelo Funcultura , enfoca com riqueza de detalhes e sensibilidade a contribuição da cultura africana na formação do povo brasileiro e dá continuidade ao trabalho de uma equipe que vem colaborando através da arte dos quadrinhos para que as crianças e jovens possam conhecer esta história. Este já é o

União Europeia: Igrejas são decisivas no combate à pobreza

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László Andor, Comissário Europeu para o Emprego, Assuntos Sociais e Igualdade de Oportunidades, da CE, considerou as diversas instituições religiosas como “parceiras importantes na luta contra a pobreza e a exclusão social na Europa”. Objectivo é aproveitar a experiência das instituições religiosas, na sociedade, para combater um problema que afecta 79 milhões de europeus O responsável marcou presença num seminário de Diálogo sobre o tema: “Combate à Pobreza e à Exclusão Social na Estratégia da União Europeia para 2010”, que reuniu membros da Comissão Europeia e das diversas Igrejas. Segundo comunicado difundido no final da iniciativa, as Igrejas, e as organizações que delas dependem “têm um conhecimento profundo da realidade das pessoas e experiência na criação de mecanismos de combate aos problemas que as afectam”. Em resposta ao repto lançado por László Andor, o Bispo Giuseppe Merisi, presidente da Cáritas Italiana, considerou que “apesar do papel das Igrejas ser diferente daqu

Um intelectual que libertou 500 escravos - Por Marcio Renato dos Santos

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Nascido há 180 anos, Luiz Gama é um exemplo de autossuperação e de como a leitura e a militância cultural, de fato, podem libertar. A trajetória de Luiz Gama (1830-1882) mostra que força de vontade, dedicação e estudo podem driblar adversidades. Ele tinha tudo para lamentar o destino e permanecer imóvel. Filho de uma negra e de um fidalgo entranhado na sociedade baiana, Gama, quando tinha 10 anos, foi vendido pelo pai, que estava endividado. O menino, então, tornou-se escravo. A vida, que costuma dar voltas, fez o pequeno Gama caminhar do Porto de Santos até a capital paulistana. Ele foi adquirido pelo alferes Antonio Pereira Cardoso. E na casa-grande de Cardoso a vida de Gama se modificaria, radicalmente. Lá, um jovem intelectual, chamado Antonio Rodrigues, ensinaria as primeiras letras a Gama, que demonstrou habilidade incomum com o mundo das ideias. Aos 17 anos, Gama iria, literalmente, pagar pela sua liberdade e, em pouco tempo, assinalaria o seu nome entre os personagens mais