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Mostrando postagens de fevereiro 17, 2013

Quando a política profana a religião – Por Helton Lenine

Uma das mais importantes conquistas democráticas no mundo contemporâneo é a separação entre religião e política.  Não é que não tenham nada a ver, mas as relações políticas, sociais, cívicas não podem ser orientadas pelas opções religiosas. Os Estados democráticos são Estados laicos. Todos devem ser iguais diante das leis, sem influência das opções individuais – religiosas, sexuais, de diferenças étnicas, etc. “São diversas as opções de vida, mas deve-se ser iguais nos direitos como cidadãos”, diz Emir Sader, mestre em Filosofia Política e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. Os Estados religiosos, sejam islâmicos, sionistas ou outros, fazem das diferenças religiosas elementos de discriminação política. Xiitas e sunitas têm direitos distintos, conforme a tendência dominante em países islâmicos. Judeus e árabes são pessoas com direitos totalmente distintos em Israel. Para dar apenas alguns dos exemplos mais conhecidos. Um Estado democrático, rep

SP vive uma nova onda imigratória síria

Uma das colônias que mais influenciaram a vida paulistana no último século voltou a crescer.  A nacionalidade síria, que nem sequer constava mais da lista de refugiados no Brasil, passou a ocupar o sexto lugar em 2012 e a maioria dos imigrantes acaba em São Paulo , onde foram feitos 67% dos pedidos. Para acolher os recém-chegados, comerciantes e empresários compatriotas arrecadam recursos para alugar casas e comprar comida. O motivo da nova onda migratória é a guerra civil no país do Oriente Médio que, prestes a completar dois anos, já matou cerca de 70 mil cidadãos e obrigou mais de 700 mil a fugir. O vendedor Jihad Mohammed, de 33 anos, foi um deles, saiu da Síria com a família após ter a casa destruída por um míssil. Subornou agentes do Exército para chegar ao Líbano e de lá vir para o Brasil. "Se voltar, eu morro." Desde 2011, quando começou a revolta contra o ditador Bashar Assad, os sírios fizeram 121 solicitações de refúgio ao Brasil. No ano passado,

Após sucesso no Brasil, biografia de Edir Macedo alcança marca expressiva de vendas nos EUA

Sucesso de vendas no Brasil, a biografia do bispo Edir Macedo, "Nada a Perder", também alcançou uma marca expressiva no mercado editorial americano.  Segundo a livraria McNally Jackson Books , onde será lançada, o número de pré-vendas já passou dos 71 mil. O lançamento aconteceu neste sábado (16). Em "Nada a Perder", Edir Macedo conta detalhes de fatos polêmicos de sua vida, como a prisão em 1992. A obra traz diversas mensagens de superação, que têm atraído leitores de todas as religiões.  Nos dois próximos volumes, com lançamentos previstos para 2013 e 2014, o líder religioso contará detalhes sobre o crescimento da Igreja Universal, a aquisição da TV Record , a relação com políticos e empresários, entre outras histórias inéditas. Fonte:  http://www.bahianoticias.com.br

1º Encontro Nacional de Juristas Evangélicos discute aborto – Por Sarah Curty

A Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) realizou o  1º Encontro Nacional de Juristas Evangélicos (Enajure) uma série de palestras ocorridas entre os dias 9 e 12 de fevereiro com o objetivo de discutir temas de pertinência e relevância para a sociedade brasileira, especialmente para o segmento evangélico. A abertura do 1º Encontro Nacional de Juristas Evangélicos (Enajure ), que ocorreu entre os dias 9 e 12 de fevereiro em Campina Grande, Paraíba. Em palestra com o tema: “ O papel da Advocates International, da FIJC e da ANAJURE diante do cenário de perseguição cristã que se avizinha: propostas e perguntas” , o presidente da Anajure, Uziel Santana, abordou o tema aborto e o posicionamento da comunidade cristã em questões relacionadas ao tema. De acordo com o jurista, o Direito preza em primeiro lugar pela vida da pessoa humana e, sem ela, não há maneira de cultivar as liberdades civis e fundamentais.  “Como cristãos somos contra o aborto porqu

Imagens de Buda são confiscadas em lojas de Teerã

Autoridades do Irã começaram a confiscar imagens de Buda que são vendidas em lojas da capital Teerã, por considerá-las um meio de ataque religioso e de invasão cultural do país, informou neste domingo a agência local "Mehr". Segundo a agência, Said Yaberi Ansari, da Autoridade de Proteção do Patrimônio Cultural do Irã, afirmou que inspetores do departamento percorrem há cinco dias lojas de artigos religiosos e retiram as imagens de Buda. Ansari acrescentou, segundo a fonte, que com este tipo de imagem "o inimigo tenta mudar a forma de vida e as crenças religiosas do povo do Irã" , governado por um regime teocrático muçulmano xiita. "Estes tipos de figuras promovem um pensamento e uma crença religiosa e, com elas, querem impor uma cultura nova", acrescentou o funcionário iraniano, que assegurou: "Nenhum responsável do sagrado regime da República Islâmica permitirá que sejam distribuídos estes símbolos". Exceto a crença dominan

A pluralidade das religiões no Estado laico - Por Rebeca Cavalcante

A Constituição Federal de 1988 determina o que é vedado à União , aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios brasileiros: estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. Ademais, de “criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si”.  Assim, o País caracteriza-se como um Estado laico, evitando influências e confusões entre Estado e religião. Mas, no maior país católico do mundo, a linha que os separa é estreita e muitas vezes rapidamente ultrapassada. Em Fortaleza, não é diferente. Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , mais de 80% da população da cidade se declarou católica. Nas ruas, marcas do catolicismo são percebidas em blusas e adesivos de carro, espaços privados de explicitação da fé de cada um, mas também em monumentos erg