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Mostrando postagens de março 12, 2013

Um grande livro desconhecido, “O Império do Direito” de Franz Neumann é publicado pela primeira vez no Brasil

Pesquisadores do Cebrap abriram caminho para a publicação no país de obra que é referência em Teoria Política do Estado e em Direito Internacional.  Acaba de ser lançado pela Editora Quartier Latin “O Império do Direito” , de Franz Neumann com prefácio de José Rodrigo Rodriguez e tradução de Rúrion Melo, ambos pesquisadores do Cebrap.   O livro foi escrito originalmente em 1936 como tese de doutorado na London School of Economics, após o autor ser obrigado a deixar a Alemanha.  A obra precedeu em seis anos seu  trabalho mais conhecido, “Behemoth Behemoth: The Structure and Practice of National Socialism ( "Behemoth: Estrutura e Prática do Nacional-Socialismo" , em tradução livre), um estudo de caso sobre o regime nazista. Advogado trabalhista entre 1928 e 1933 em Berlim, Neumann trabalhou intensamente defendendo sindicatos, trabalhadores e publicando artigos e livro técnico na área. Foi o principal advogado do Partido Social-Democrata alemão entre 1932-33 em

Arquivo mostra elo entre comércio de escravos e riqueza de ingleses - Por Maurício Hashizume

Pesquisa disponibiliza documentos inéditos com valores e nomes de donos de escravos que foram beneficiados com indenizações públicas após a abolição     Além do retorno financeiro obtido pelo próprio negócio da escravidão transatlântica (que funcionava de modo bastante similar ao de uma bolsa de valores dos dias de hoje), “investidores” privados da venda de pessoas ainda foram recompensados com grandiosas indenizações do governo inglês quando da abolição legal. Dados tornados públicos desde 27/02 em um arquivo na internet disponível para consulta revelam que quantias equivalentes a bilhões de libras esterlinas foram transferidas dos cofres públicos para “empreendedores” escravagistas, ou seja, muitas das fortunas de hoje estão diretamente ligadas à abolição da escravidão. Base de dados está disponível para consulta no endereço:  http://www.ucl.ac.uk/lbs/ Pelos cálculos dos responsáveis pela pesquisa, centralizada na University College , de Londres , nada menos que

Temporada acadêmica

Entre março e abril, o Midrash Centro Cultural abre um debate sobre o trabalho escravo ao longo dos séculos até os dias de hoje. O ciclo de palestras: “Libertação” reúne dois grandes historiadores, um agente da pastoral da Terra e um filósofo e jornalista. O segundo encontro já é no dia 13 de março, com Ricardo Rezende Figueira, Padre da Diocese de Conceição do Araguaia , que coordena uma luta contra o trabalho escravo. Em seguida, é a vez da historiadora Keyla Grinberg, professora da Unirio , que faz palestra no dia 28 ainda deste mês. No dia 2 de abril, Luiz Felipe Pondé, filósofo e colunista da Folha de S. Paulo , comanda o encontro: “Escravos do tempo, do corpo e da informação” . Os eventos começam às 20h30. Mais informações: www.midrash.org.br. Enquanto isso, formou-se uma parceria entre as universidades federais do Espírito Santo (UFES) e do Rio de Janeiro (UFRJ e UFF) , além da Universidade Técnica de Lisboa e a Universidade de Coimbra . Elas estão em busca de ar

Cartas de Londres: Religião é um assunto (muito) privado – Por Maurício Savarese

Quando um amigo me pergunta se os londrinos são religiosos ou não, me dou conta de quão pouco isso parece pesar no dia a dia das pessoas com quem convivo. Até agora me pareceu um não-assunto, exceto por uma pergunta de uma professora.  “Me perdoe por ser muito rude, mas você está indo ao Vaticano porque é católico?” O meu “não” parece ter desfeito as expectativas dos meus colegas que leram nos jornais sobre a força da igreja na América Latina. Até então nunca tinham me perguntado sobre o assunto, nunca perguntaram novamente. Achei a curiosidade natural, mas para os londrinos essa questão parece equivalente a ser flagrado em alguma situação desconfortável. Pelo visto, pode-se falar daquilo em que creem os outros, mas nunca se deve questionar a fé do seu interlocutor. Foi isso que notei ao perguntar a um amigo. “Estranho você me perguntar isso” , diz ele, fã dos tradicionalismos britânicos, como a família real e chá até não poder mais. “Normalmente nós não perguntamos se

Somente 4 Estados brasileiros e Distrito Federal cumprem lei do piso para professor

Só 4 Estados brasileiros, além do Distrito Federal , cumprem lei do piso salarial dos professores. Levantamento é da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação e destaca ilegalidade mesmo após julgamento do STF. Com relação à jornada de trabalho dos docentes, o conselho informou que "em breve" os estados também irão adotar o limite imposto pela lei Apenas quatro estados e o Distrito Federal cumprem integralmente a Lei do Piso Nacional do Magistério (Lei 11.738/2008) , informou a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) . Já o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) disse, em nota, que os estados "já pagam o valor do piso aos professores com formação de nível médio na modalidade normal". As informações são da Agência Brasil de notícias. Na quarta-feira (27), o STF (Supremo Tribunal Federal) definiu que, embora tenha sido editada em 2008, a lei tem validade a partir de abril de 2011, data quando a Corte confirm

Mais de 100 casas de cristãos são queimadas no Paquistão – Por Giana Guterres

Pelo menos 100 casas de cristãos foram destruídas em Lahore, no nordeste do Paquistão. Milhares de pessoas atearam fogo após uma suposta denuncia de blasfêmia contra o profeta Maomé.  Cem suspeitos foram detidos pela polícia local. O Paquistão é um dos quinze países do mundo com mais perseguição aos cristãos. A confusão começou na sexta-feira, 08 de março, e se intensificou no sábado, dia 09. Um jovem muçulmano acusou um jovem cristão de blasfêmia, ato que pode levar à morte no país. As casas queimadas ficam na região de Badami Bagh , segundo informou a agência EFE. Jornais noticiaram que aproximadamente sete mil pessoal invadiram a área, um bairro cristão, com paus e pedras, colocando fogo na cidade. As famílias já haviam deixado o local, com um alerta da polícia sobre ataques e orientando uma fuga. “Atos de vandalismo contra as minorias mancham a imagem do país" , disse o presidente paquistanês Asif Ali Zardari em comunicado. Já o primeiro-ministro Rajá Parvez