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Mostrando postagens de maio 8, 2013

Karen Armstrong - Compaixão como o Centro das Religiões - Por Monja Isshin

Uma das mais respeitadas historiadoras da religião em atividade, Karen Armstrong não se contenta em pesquisar em fontes antigas. A inglesa, que proferiu ontem a primeira palestra do ciclo Fronteiras do Pensamento, vem se dedicando a uma tarefa prática e, para ela, essencial: devolver a compaixão ao centro moral de qualquer prática religiosa. Para um salão de atos lotado, Karen Armstrong passeou, ao longo de sua fala, por diversas histórias e fundamentos de diferentes religiões ao redor do globo: judaísmo, cristianismo, islamismo, budismo, com passagens por grandes obras da tradição literária, como a  Ilíada , de Homero. Todas as religiões, para ela, trazem em seu coração um princípio comum ao qual ela deu o nome de “Regra de Ouro”. – Todas as principais religiões do mundo desenvolveram algo que pode ser chamado a Regra de Ouro. Não é uma doutrina, é um teste para a verdadeira espiritualidade: nunca trate alguém como não gostaria de ser tratado – disse. Armstrong co

Andrés Torres Queiruga: ‘Temos que recuperar a liberdade e a criatividade da teologia’ – Por Achille Rossi

  Entrevista com Andrés T. Queiruga O prestigiado teólogo galego, Andrés Torres Queiruga, entrevistado pela r evista italiana L1 Altrapagina , assegura que começa uma nova etapa na Igreja.  Do Papa Francisco espera tanto reformas concretas que também, quanto " a reforma” da "renovação evangélica do estilo de convivência e de governo” na Igreja. Ou seja, "recuperar a liberdade da teologia”, redefinir a relação entre "moral e religião” e voltar ao "impulso do Vaticano II”. A eleição do papa Francisco fez surgir muitas esperanças dentro do povo cristão, sobretudo por suas atitudes fora do protocolo e por sua contínua atenção aos pobres. Esses sinais autorizam a pensar que se está abrindo uma nova estação para a Igreja Católica? Sem dúvida! Os gestos não são por acaso: respondem, por um lado, à atitude pessoal de um bispo que os havia convertido em estilo central tanto de sua vida quanto de seu trabalho pastoral e; por outro, a uma necessida

A paz e unidade das religiões – Por Marcelo Barros

"O mundo não terá paz enquanto as religiões não dialogarem e isso não ocorrerá se as Igrejas cristãs não se unirem”.  Essa afirmação do teólogo suíço Hans Kung deve ser lembrada por ocasião da Semana de Orações pela Unidade dos Cristãos que ocorre cada ano e dessa vez será celebrada nessa semana de 12 a 19 de maio.  O costume de consagrar uma semana anual para orar e trabalhar pela unidade das Igrejas já dura de cem anos. Entretanto é difícil avaliar o resultado dessa prática ecumênica. Como a unidade é dom de Deus e cremos que a oração é sempre de alguma forma escutada, orar juntos é sempre bom e fecundo.  O risco é que algumas Igrejas nomeiem uma comissão ecumênica, encarreguem seus membros de participarem das relações ecumênicas em nome da Igreja e depois disso se desinteressem pelo assunto.  Nesse caso, as reuniões, fóruns e orações em comum envolveriam sempre os mesmos e poucos personagens. Estes, ao cumprirem as atividades ecumênicas acabam legitimando sua

Pesquisa comprova que meditar ajuda a aprender mais – Por Paloma Oliveto

Preencher a mente com fórmulas, regras e dados tem sido a estratégia da maioria dos estudantes que enfrentam testes como vestibular e Enem.  Esvaziar a cabeça, contudo, pode ser uma ideia mais produtiva, de acordo com um estudo publicado na revista Psychological Science , da Associação de Ciência Psicológica dos Estados Unidos.  Uma pesquisa conduzida com universitários que se submeteram ao graduate record examination (GRE) , prova que habilita para diversos programas de mestrado americanos e europeus, constatou que uma técnica usada na meditação, o mindfulness, melhorou o desempenho dos alunos. Presente em religiões e filosofias orientais há milênios, a prática migrou do campo espiritual para os consultórios de psicologia. Na abordagem cognitiva-comportamental, tem sido usada para desenvolver o autocontrole e o autoconhecimento, melhorar a concentração e aliviar o estresse.  Até em casa, durante as tarefas cotidianas, porém, é possível exercitá-la: de acordo com

Vernissage exposição de arte e poesia"Religiões do Mundo"

Hoje, 08 de maio, às 19 horas, será a abertura da exposição  "Religiões do Mundo" na Faculdade Estação Business School , na Av. Sete de Setembro, 2775, 5º andar, Curitiba/PR. Com curadoria de Carlos Zemek, a exposição articula um conjunto desafiador: poesia, pintura, fotografia, gravura, escultura, música e declamação. Universos diferentes que se aproximam para falar do homem e de sua visão religiosa, sem preconceitos. As obras de arte falam por si a cada um que as contempla e valoriza.   Carlos Zemek é um jovem curador pertencente a uma nova geração de experimentalistas. Pessoas curiosas, observadoras e questionadoras, que procuram a integração das artes. Um olhar universal sobre um mundo globalizado.   A exposição "Religiões do Mundo" transita entre a visão individual, subjetiva, e as ideias coletivas sobre religiões.  A finalidade é a contemplação e a reflexão partindo de imagens e textos. Participam do evento os artistas plásticos Celia Du

Curso de Difusão: Língua e Cultura Árabe

Professores responsáveis:  Profa. Dra. Francirosy Campos Barbosa Ferreira e Prof. Ahmed Mahmoud Maghawry Hamed Elgammal Público Alvo :  graduandos, pós-graduandos, docentes, funcionários da USP e comunidade externa (professores de rede pública e outros). Dia e Horário:  Segunda-feira das 17h às 20h, de 5/8/13 à 2/12/13. Inscrições:  1/07/13 à 29/7/13 – Departamento de Psicologia da USP, Av. Bandeirantes, 3900, Ribeirão Preto, tel: (16) 3602-3722 Promoção: Departamento de Antropologia e GRACIAS – Grupo de Antropologia em Contextos Islâmicos e Árabes - FFCLRP

Imãs "rebeldes" combatem uso político das mesquitas no Egito

Eles são homens de fé, mas lutam para separar a religião e a política. Devido à crescente influência da Irmandade Muçulmana , centenas de imãs "rebeldes" no Egito estão dispostos a defender sua independência e a de suas mesquitas. Este movimento, surgido nos últimos meses, é composto por uma ampla variedade de grupos com um objetivo comum: evitar que os tentáculos da confraria alcancem a instituição de Al-Azhar, a mais prestigiada do islã e considerada por alguns o "Vaticano sunita" , apesar desta religião carecer de uma hierarquia unificada. Partidários da pregação de um islã moderado, estes clérigos consideram que Al-Azhar deve ficar à margem da disputa política e ser unicamente responsável pelos assuntos religiosos do país. O jovem imã Mohammed Nasr, membro da Al-Azhar e muito ativo nas manifestações contra a Irmandade Muçulmana, disse à Agência Efe que defende a "independência das instituições religiosas do Estado e do regime político"

Youssou N'Dour vence o Polar Music Prize por seu trabalho com religião

O cantor e compositor senegalês Youssou N'Dour foi um dos ganhadores da premiação sueca Polar Music Prize , em reconhecimento por sua música e por seu trabalho em prol do entendimento inter-religioso. Ele dividirá o prêmio de 1 milhão de coroas suecas, o equivalente a US$ 153,2 mil, com a compositora finlandesa Kaija Saariaho, que faz música de câmera, obras orquestrais e óperas, e é conhecida por combinar instrumentos acústicos e sons eletrônicos. O comitê encarregado do prêmio disse que N'Dour, já premiado com o Grammy, é "não só um cantor, mas um contador de histórias, poeta, cantor notável, artista do entretenimento e historiador verbal, que trabalha para reduzir as animosidades entre a sua própria religião, o islamismo, e outras religiões". Sobre Saariaho, o comitê disse se tratar de "uma maestrina moderna, que abre nossos ouvidos e faz com que suas bigornas e estribos se apaixonem". O Prêmio Polar foi fundado em 1989 pelo editor

São Paulo, capital do cinema japonês - Por Silvia Campolim

O bairro japonês de São Paulo, Liberdade, tem sua origem estreitamente associada ao cinema japonês e ao surgimento das salas de exibição de filmes na região, que apresentavam produções tão diversas quanto histórias de samurai e da Yakuza (a máfia japonesa) , passando por melodramas e obras intimistas, consideradas  cults  por cinéfilos e cineastas brasileiros. Até meados do século passado, a população imigrante e seus descendentes nikkeis haviam formado o primeiro “bairro japonês” do centro, ao redor da rua Conde de Sarzedas, e distribuíam-se por vários bairros da cidade, como Pinheiros, Campo Limpo, Itaquera e Jabaquara.  A ordem para que os japoneses deixassem suas casas, durante a Segunda Guerra Mundial , no entanto, dispersou a população desse primeiro bairro oriental. Esses imigrantes foram perseguidos e cerceados durante o conflito mundial, por causa do alinhamento do Japão com a Alemanha e os demais países do Eixo. O livro do antropólogo Alexandre Kishimoto:  Cinem