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Mostrando postagens de agosto 17, 2013

Religião e democracia - Por Amadeu Garrido*

A democracia seria incompatível com religiões fundamentalistas, como o Islamismo? Dani Rodrik, do Instituto de Estudos Avançados de Priceton responde negativamente. Em análise publicada no Jornal Valor Econômico "Problema é o autoritarismo, não o Islã" , o professor de ciências sociais americano não crê nas primaveras árabes, na democracia como modelo de governo nos países controlados por governos islâmicos. Turquia, Egito e Tunísia só têm em comum o islamismo.  Porém, ele acredita que o autoritarismo tem outras causas, diversas da religiosidade radical. A opressão política, não rara na América Latina , independentemente de seitas religiosas, seria a comprovação de que a negação do regime democrático não tem necessariamente a ver com os extremismos confessionais. Cremos que se trata de uma meia-verdade. É certo que a democracia não floresce num grande número de países, sobretudo quando a concebemos em sua plenitude, é dizer, não deve ser considerado regime

Especialista no mundo árabe apresenta o Islã para ocidentais

Paul Balta, especialista no mundo árabe e muçulmano, comenta os preconceitos contra o islamismo e apresenta ao mundo ocidental o Alcorão e suas nuances no livro , como religião, lei, moral, estilo de vida e cultura.  “Escolhemos vinte ideias preconcebidas que dividimos em três capítulos: ‘História e Civilização’, ‘Religião e Sociedade’ e ‘O Islã e o Mundo Moderno’” , conta o autor.   “Essa divisão permite-nos abordar alguns problemas essenciais a fim de demonstrar que, embora alguns desses preconceitos tragam em si elementos de verdade, o Islã não é em absoluto, contrariamente àquilo em que muitos creem, um todo fixo, imutável e intolerante”. O livro faz parte da coleção , série que traz textos assinados por especialistas e acadêmicos em cada área, mas com abordagem didática, que vai de conceitos simples até os questionamentos e debates atuais sobre cada tema.  “MAOMÉ É UM FALSO PROFETA?” Eles adotaram a doutrina de um falso profeta [...] Ele afirmava que uma

Jovem detida após agredir homem de religião sikh de 80 anos

Uma jovem de 19 anos foi detida, na sexta-feira, suspeitando-se que tenha sido ela a agredir um homem de 80 anos, de religião sikh, no centro da cidade de Coventry , no Reino Unido. Segundo o  Daily Mail , a rapariga foi localizada na sua residência, em Gloucester , tendo sido levada para interrogatório. A detenção ocorre depois de ter sido posto a circular na internet um vídeo amador que mostra uma rapariga, vestida de preto, a agredir um homem no meio da rua, ao ponto de o deitar ao chão e de lhe fazer cair o turbante. Os homens sikh, religião monogâmica fundada no Punjab (região dividida entre a Índia e o Paquistão ), não podem cortar o cabelo e devem usar turbante. O homem foi para o hospital com o nariz em sangue e um olho negro. O ataque ocorreu no passado dia 10 de agosto, tendo desde então a polícia encetado uma investigação fazendo uso das referidas imagens. Agressões deste género são punidas no Reino Unido no máximo com prisão até cinco anos. Fonte:  htt

De escravo a missionário da fé - Por Laurin Bizoni

"O mistério de João de Camargo envolve a própria natureza, pondo até mesmo os sábios em uma profunda incerteza". A quadrinha de José Barbosa Prado, o Nhô Bento do Capão Redondo, no livro:  "O servo João de Camargo, humilde missionário da fé" , pode traduzir um pouco do que foi o místico João de Camargo Barros, nascido em Sarapuí, em 5 de julho de 1858, mas que se mudou para Sorocaba , após a Lei Áurea. João, antes de mudar de cidade, adotou o sobrenome dos antigos donos, se tornando assim, João de Camargo. Desde jovem recebeu muitas influências das religiões africanas, através de sua mãe, e do cristianismo, através da sua sinhazinha Ana Teresa Camargo e do padre João Soares do Amaral. Em Sorocaba , trabalhou como cozinheiro, militar, em lavouras e olarias. João surgiu com seu dom no bairro da Água Vermelha e seus seguidores o tinham como "santo", de espírito elevado e de alma muito bondosa.  Nhô João, como mais tarde seria conhecido, apelidado pelo

pensamentos - Por Francisco José Viegas

Desde o 11 de setembro que a religião voltou ao topo dos debates: primeiro, o Islão, o fundamentalismo, o lugar das religiões na política; depois, a sucessão do papa, o intelectual Bento XVI, a mudança anunciada por Francisco. Pelo meio, a vigilância laica, as campanhas do ateísmo militante, de Dawkins a Hitchens.    Deus está e não está. Não está, se não quisermos. Está, se tivermos dúvidas, ou fé, ou praticarmos uma religião. Em Montevidéu (veio ontem no   CM ), instalaram uma cabina telefônica para "falar diretamente com Deus", "sem intermediários". Faz algum sentido. Apenas algum, porque religião significa comunhão com os outros; mas Deus é outra coisa, mais além das religiões. O melhor lugar para falar com Deus é o deserto, onde a perturbação arde em silêncio, sem mirones ou audiências. As religiões têm de inventar o caminho da tolerância; os homens, de percorrer os subúrbios da inquietação. Fonte:  http://www.cmjornal.xl.pt

A Universidade e a Cidade na Perspectiva dos Direitos

A Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São Paulo (PRCEU/USP) , por meio do Núcleo dos Direitos, promove entre os dias 21 e 23 de agosto o seminário  “A Universidade e a Cidade na Perspectiva dos Direitos”. O ex-ministro da Justiça José Gregori e a deputada federal Luiza Erundina participarão do evento cuja proposta é discutir “como a perspectiva dos direitos abre possibilidades de compreensão da sociabilidade contemporânea, configurando espaços de interlocução das universidades com a sociedade, em particular das universidades públicas”. Assuntos relacionados à educação, saúde, trabalho e construção da cidadania também serão discutidos nos três dias do seminário. Entre os palestrantes confirmados estão também Paul Singer, da USP , e Maria Tereza Mantoan, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Simultaneamente ao seminário, o Cinusp promoverá sessões de cinema com filmes que tratam da temática do evento, como direitos das crianças e

Povo religioso e Estado laico – Por Gilberto Garcia

No Senado Federal foi lançado o livro que contém as intervenções do:  “Seminário Internacional O Estado Laico e a Liberdade Religiosa”  Quando o CNJ - Conselho Nacional de Justiça , sob a liderança do Ministro César Peluso, à época, presidente do Supremo Tribunal Federal , fez realizar este excepcional encontro onde participamos sobre temas da fé do povo brasileiro e suas consequências jurídicas, numa busca do equilíbrio da religiosidade da nação e laicidade estatal. Numa operacionalização desta percepção jurídica da fé e suas implicações legais, é que entidades organizadas por causídicos cristãos, tais como: Associação dos Advogados Evangélicos do Brasil , a União dos Profissionais e Operadores Evangélicos do Direito/SP , o Instituto dos Juristas Cristãos do Brasil , o Movimento Juristas de Cristo, a Associação Nacional de Magistrados Evangélicos do Brasil , e, ainda, a Associação Nacional de Juristas Evangélicos. Neste cenário existem que outras organizações congrega

Comitê Estadual de Diversidade Religiosa do Rio Grande do Sul toma posse

Evangélicos, católicos, umbandistas, judeus, budistas e ateus reuniram-se nesta quinta (15) para tomar posse no Comitê Estadual de Diversidade Religiosa.  Coordenado pela Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos (SJDH), o comitê é composto ainda por pesquisadores das religiões e representantes do poder público. De acordo com o secretário da Justiça e dos Direitos Humanos, Fabiano Pereira, o comitê terá um papel fundamental, que será o de dialogar com as diversas religiões e, principalmente, dar voz às pessoas que sofrem discriminação religiosa.  "O que está acontecendo no Egito mostra o quanto é importante fazer esse exercício inter-religioso. Já existe um diálogo no município e internacionalmente. Agora o Rio Grande do Sul cria esse espaço para boas reflexões e ações ", disse Fabiano. Coordenadora do comitê, a diretora de Direitos Humanos e Cidadania da SJDH , Tâmara Biolo Soares, explicou que a criação do organismo era uma cobrança da sociedade civil. A