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Mostrando postagens de setembro 2, 2013

Pesquisa etnográfica e folclórica nos anos 1930 - Por Noêmia Lopes

No início de 1935, os antropólogos Claude Lévi-Strauss (1908-2009) e Dina Dreyfus (1911-1989) foram dois dos jovens professores franceses que desembarcaram na capital paulista para integrar o corpo docente da então chamada Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (FFCL/USP) , fundada um ano antes. Ambos passaram a transitar entre estudiosos que buscavam o estabelecimento de instituições voltadas à prática científica das ciências sociais, como o escritor e pesquisador Mário de Andrade (1893-1945). O vínculo construído entre Lévi-Strauss, Dreyfus e Andrade em torno de interesses como arte, etnografia e folclore é tema de: Um laboratório de antropologia , escrito pela cientista social Luísa Valentini a partir de sua dissertação de mestrado em Antropologia Social, que foi defendida na USP e contou com Bolsa da FAPESP e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O encontro do trio se deu em especial entre o

Tradições religiosas sendo repensadas historicamente – Por Denílson Sumocoski

Como a leitura feita da supremacia do catolicismo a ser implantado no Sudoeste do Paraná, Prandi entende que o catolicismo usa dessa artimanha de religião oficializada para desqualificar a afro-descendente e apresentar-se como legítima. Segundo Prandi, “quando o catolicismo era a única religião tolerada no país, a religião oficial, e a fonte básica da legitimidade social”.[1] O apontamento realizado pelo autor está sendo referendado até o final do século XIX, quando o catolicismo perde essa legitimidade, porém essa é uma herança que perpassa as gerações e regiões, que deve estar sendo transformada pelo fato da existência de um grupo maior de estudiosos que não entendem a oficialidade do catolicismo como religião modeladora de preceitos éticos, morais e sociais. Entretanto, como o texto faz referência ao início do século passado, essa magia modeladora religiosa do catolicismo chegou a região e, assim, desenhou um “hethos” de região massificadamente cató

Cristãos do Oriente Médio se unem contra ação militar na Síria - Por Leiliane Roberta Lopes

Igrejas católicas e protestantes do Oriente Médio estão unidas contra a catástrofe que pode acontecer na Síria , caso haja intervenção militar na tentativa de barrar os confrontos internos. Juntos eles reafirmam a fala do Papa Francisco que é contra o uso das forças armadas para resolver o problema. “Não é o confronto o que oferece perspectivas de esperança para resolver os problemas, e sim a capacidade de reunir-se e dialogar”, disse o líder católico. Para os líderes cristãos do Oriente Médio o papa pode ajudar a influenciar as decisões no Ocidente e por isso eles torcem para que Francisco volte a tocar no assunto condenando a intervenção militar na Síria. O vaticanista Marco Politi explica que o medo dos cristãos é que o uso da força militar repita a experiência negativa da guerra no Iraque há 10 anos. “O medo dos cristãos de um ataque militar se baseia na história dos últimos 10 anos” , disse. Outro medo dos cristãos é perder a proteção garantida pelos regimes

Papa decreta dia mundial de jejum e oração pela Síria em 7 de Setembro

O papa Francisco pediu neste domingo (1º) a todo o mundo uma jornada de jejum e de oração pela paz na Síria , em um gesto simbólico que lembra o apelo feito pelo papa João Paulo II após os atentados de 11 de Setembro  de 2001. O dia 7 de Setembro será uma jornada de "oração e de jejum" , para a qual o Papa convidou todos os cristãos a participarem, assim como os fiéis de outros credos e, inclusive, aqueles que não têm uma religião. Em um apelo lançado diante de dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça São Pedro para assistir à oração do Ângelus, Francisco condenou firmemente o uso de armas químicas na Síria, mas reiterou sua oposição a qualquer intervenção armada. "Um grito se eleva com força... é o grito da paz", "guerra nunca mais" , afirmou o Papa, retomando a célebre frase pronunciada por Paulo VI na ONU em 1964, em plena guerra do Vietnã. "Condeno firmemente o uso de armas químicas. Ainda tenho gravadas na memória e no