Postagens

Mostrando postagens de setembro 28, 2013

Londres tem primeira retrospectiva internacional de Mira Schendel – Por Kênya Zanatta

A Tate Modern de Londres homenageia a artista suíça radicada no Brasil Mira Schendel com a primeira grande retrospectiva internacional dedicada à sua obra.  Ainda em Londres , é inaugurado neste final de semana o anexo da Serpentine Gallery no Hyde Park . E o museu da moda de Paris reabre com uma grande mostra sobre a carreira do estilista Azzedine Alaïa. Mira Schendel nasceu em Zurique em 1919 em uma família de origem judaica. Apesar de ter sido criada como católica em Milão , ela foi perseguida durante a Segunda Guerra Mundial. A artista emigrou para o Brasil em 1949 e se instalou em São Paulo quatro anos depois. Foi lá que ela viveu e criou uma obra complexa e multifacetada até sua morte, em 1988. Sua trajetória artística foi marcada pela experiência do exílio e por um grande interesse pela filosofia e as religiões. A curadora Tanya Barson espera que a exposição em Londres contribua para aumentar a notoriedade de Mira Schendel fora do Brasil. "Ela era

Armindo Trevisan expõe a relação entre religião, erotismo e sociedade em sua obra - Por Carlos André Moreira

Ao completar 80 anos de vida, Armindo Trevisan fala, com sólida erudição, sobre os aspectos religiosos, eróticos e sociais de sua poesia.  Seu primeiro livro, A Surpresa de Ser, começa com um poema que humaniza os objetos. Qual a origem dessa “surpresa de ser” transmitida ao mundo inanimado? Armindo Trevisan – Minha formação é teológica, o mesmo curso que os sacerdotes fazem, embora mais tarde tenha me laicizado. Depois, fiz doutorado em Filosofia.  E como para mim a poesia não é senão a aplicação da linguagem simbólica à realidade, sempre tive medo de me afastar das coisas concretas. Por isso, coloquei na minha cabeça desde o início que seria um poeta da realidade concreta.  Eu deixaria para a minha inclinação filosófica fazer perguntas de outra ordem, mas na poesia eu ficaria apegado às coisas, e principalmente, como até hoje, ao corpo. ZH – O senhor tem uma série de poemas sobre a nudez em A Surpresa de Ser. E, no livro seguinte, A Imploração do Nada, fala em uma “tristez