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Mostrando postagens de fevereiro 23, 2014

"O capitalismo como religião" - Por Fábio Py Murta de Almeida

O livro: “O capitalismo como religião” chega ao público brasileiro no ano de 2013 sendo uma obra de quatro mãos.  Não que tenha sido escrito por mais de uma pessoa: seu responsável fôra o filósofo judeu-alemão Walter Benjamin. Contudo, na forma que o livro se encontra, é um esforço editorial do franco-brasileiro Michael Lowy, radicado em Paris como professor do École de Hautes Études en Sociences Sociales (EHESS) .  Ele organiza a série de escritos avulsos de Benjamin, com o intuito de unir fragmentos de momentos diferentes da vida do filósofo, mas que em conjunto mostram o legado anti-capitalista do filósofo, até quando assumia o limiar místico. No livro, Michael Lowy também nos brinda com uma introdução à vida e à obra do filósofo judeu alemão intitulada:  “Walter Benjamin, crítico da civilização” , que, além de apresentar a vida, informa o lugar vivencial dos textos do filósofo, bem como se detém em cada fragmento com seus interesses.  No exercício explicativo dem

Comunidade judaica prestigia nomeação de Dom Orani como cardeal em Roma - Por Marcus Vinicius Pinto

Diretor da Federação Israelita do Rio de Janeiro foi ao Vaticano conferir a entrada do brasileiro Dom Orani Tempesta no c olégio de cardeais da Igreja Católica. A chegada do papa Francisco ao Vaticano deu um impulso maior ao diálogo do catolicismo com outras religiões, principalmente a judaica. A percepção é do diretor da Federação Israelita do Rio de Janeiro , Herry Rosenberg, que veio a Roma apenas para prestigiar a entrada de Dom Orani Tempesta ao colégio de cardeais da Igreja Católica. “Na verdade, esse diálogo vem acontecendo desde o papa João XXIII, mas com o papa Francisco ganhou outra dimensão pelas declarações dele, muito importantes,” disse Rosenberg ao  Terra  após estar presente na missa celebrada pelo Papa. “Ele até está preparando a visita dele à Terra Santa em maio” , lembrou. Rosenberg disse que, da mesma forma que o Papa, Dom Orani tem prestigiado bastante e estimulado o diálogo não só entre judeus e católicos como com outras religiões. “Na Jornada

No Egito deflagrado, xeque e padre mantêm amizade de 40 anos – Por Richard Furst

Às margens do Rio Nilo, no vilarejo de Qufada , município de Maghagha , no Alto Egito, vive uma dupla de amigos totalmente estranha para o país onde nasceram: Fattah Hamdi, xeque, mantêm há mais de 40 anos a amizade do padre Yoanas. A semelhança da túnica, da barba longa e do semblante destes dois amigos escondem diferenças enormes. De um lado, um salafista do Partido Nour , grupo islâmico ultraconservador que quer definir uma nova ordem no país de acordo com tradições do século 7. Do outro, está um sacerdote da Igreja Copta, uma das comunidades cristãs mais antigas do mundo. No surto de violência no Egito, as propriedades cristãs têm sido alvos constantes de ataques de radicais islâmicos. Mesmo antes das manifestações pelo país, houve prisões de manifestantes lutando pela construção de novos templos. Os cristãos compõem em torno de 10% dos quase 90 milhões de egípcios. Apesar de ser comum a amizade entre seguidores das duas religiões, as lideranças muçulmanas mant