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Mostrando postagens de maio 18, 2014

MPF/RJ recorre da decisão que não considera os cultos africanos como religião

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) recorreu da decisão do juiz da 17ª Vara Federal do Rio de Janeiro, Eugênio Rosa de Araújo, que negou o pedido de retirada de vídeos com mensagens de intolerância contra religiões afro-brasileiras.  O juiz alegou que tais crenças “não contêm os traços necessários de uma religião”, que seriam um texto-base, como o Corão ou a Bíblia, estrutura hierárquica e um Deus a ser venerado. Na decisão, Araújo coloca que “as manifestações religiosas afro-brasileiras não se constituem em religiões, muito menos os vídeos contidos no Google refletem um sistema de crença, são de mau gosto, mas são manifestações de livre expressão de opinião”. No recurso, o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Jaime Mitropoulos, argumenta que os 15 vídeos em questão caracterizam crime de ódio, pois são baseados na “intolerância e na discriminação por motivos religiosos”, ressaltando que a comunidade internacional  “praticamente chegou ao con

O mago do Norte – Por Mario Vargas Llosa

Isaiah Berlin foi um democrata e um liberal, um desses raros intelectuais tolerantes, capazes de reconhecer que suas próprias convicções podiam estar erradas, e acertadas as de seus adversários ideológicos.  E a melhor prova desse espírito aberto e sensível, que contrastava sempre suas ideias com a realidade para ver se as confirmava ou contradizia, ele deu ao dedicar seus maiores empenhos intelectuais a estudar nem tanto os filósofos e pensadores afins à cultura da liberdade, mas sim os seus mais inflamados inimigos, como um Karl Marx ou um Joseph de Maistre, aos quais dedicou ensaios admiráveis por seu rigor e ponderação.  Tinha a paixão do saber e, quanto aos que promoviam as coisas que ele detestava, como o autoritarismo, o racismo, o dogmatismo e a violência, antes de refutá-los queria entendê-los, averiguar como e por que haviam chegado a defender causas e doutrinas que agravavam a injustiça, a barbárie e os sofrimentos humanos. Advertisement Um bom exemplo de t

Israel faz campanha para que ONU reconheça celebração do Yom Kippur

A delegação de Israel na ONU lançou na sexta-feira (16/05) uma campanha para que a instituição reconheça oficialmente a celebração do Yom Kippur (Dia do Perdão), alegando que o não reconhecimento seria uma discriminação com a religião judaica. A ONU incluiu em seu calendário oficial, fixado pela Assembleia Geral,  celebrações como o Natal e a festividade muçulmana de Eid al-Fitr , mas não incluiu o Yom Kippur , explicou Ron Prosor, representante de Israel na ONU , em uma carta enviada a seus colegas. "Por um lado, as Nações Unidas fomentam a cooperação e o compromisso entre as nações, e, por outro, dão prioridade a uma religião sobre outra" , disse Prosor.   "Há três religiões monoteístas, e, no entanto, apenas duas são reconhecidas pelo calendário da ONU. Esta discriminação na ONU deve acabar", acrescentou. Os judeus celebram o Yom Kippur todo ano, em setembro ou outubro. O dia, dedicado ao jejum e à oração, marca o fim dos dez "dias