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Mostrando postagens de junho 29, 2014

Para compreender o Ramadão, ou o sentido da religião no mais íntimo do dia-a-dia – Por Paulo Mendes Pinto e Fernando Catarino

Sendo o quarto dos Pilares do Islão, o Ramadão tem exactamente o nome do nono mês do calendário islâmico, para quem, como quase todos nós, segue o chamado Calendário Gregoriano , todos os anos o Ramadão se "adianta" em virtude de seguir o ciclo lunar. Este ano, esse mês de jejum muito exigente será bastante duro para os crentes muçulmanos a viverem no hemisfério norte. Começando no dia 27 de Junho, o Ramadão decorre ao longo do mês mais quente e com dias mais longos. Ditam os cânones que, enquanto muitos de nós estaremos nas praias e nas esplanadas a beber alguma coisa fresca, muitos muçulmanos estarão em meditação, em dedicação a Deus, através de um jejum rigoroso, acolhido como parte da sua profissão de fé.  Etimologicamente, a palavra «ramadão» tem origem numa raiz árabe que significa «estar a arder, queimar» , talvez como alusão ao facto de o primeiro Ramadão ter ocorrido exactamente no Verão, ou porque a mais comum imagem do sacrifício seja através do fo

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Berlim terá primeira 'igreja-mesquita-sinagoga' para unir religiões – Por Stephen Evans

Berlim acredita estar fazendo história no universo das religiões ao unir muçulmanos, judeus e cristãos para construir um lugar onde todos possam rezar.  The House of One ( A Casa de Um , em tradução livre), como está sendo chamada, terá uma sinagoga, uma igreja e uma mesquita sob o mesmo teto. O projeto foi escolhido em um concurso de arquitetura. Trata-se de um edifício de tijolo com uma torre alta e quadrada no centro. Do outro lado de um pátio ficarão as casas de culto das três religiões, a Sinagoga, a igreja e a mesquita. Nesta semana, os idealizadores do projeto iniciaram uma campanha para angariar fundos para a construção do edifício. Qualquer pessoa pode doar dinheiro online para o projeto, cada um pode contribuir com quantos tijolos quiser, sendo que cada tijolo custa 10 euros (cerca de R$ 30).  A construção do edifício irá começar quando as doações atingirem 10 milhões de euros (cerca de R$ 30 milhões), a expectativa é que esse valor seja alcançado até 2015

GT Rio de Janeiro de História​ das Religiões e das Religiosidades

Instruções para Envio de Trabalhos Científicos para os Simpósios Temáticos: O prazo limite para envio dos trabalhos é 27 de agosto de 2014, impreterivelmente. Serão aceitos somente resumos nos temas de abrangência do Simpósio, a saber:         Ensino e Religião         História, Intolerância e Respeito Religioso         História e Instituições Religiosas Os resumos devem ser digitados  em Word  e enviados para e-mail, como arquivo anexado, para:  gtreligiaouerj@gmail.com Um dos autores deve assinar eletronicamente o formulário (incluir assinatura escaneada) como responsável pelo trabalho, devendo estar previamente inscrito no Simpósio. Os resumos deverão ser escritos em português (ou inglês) Atenção: Os resumos devem ser submetidos exclusivamente por via eletrônica. Somente serão aceitos para avaliação os trabalhos enviados dentro das normas, acompanhados da ficha de inscrição e respectivo pagamento de pelo menos um dos autores (que será considera

O futebol como religião secular – Por Leonardo Boff*

A presente Copa Mundial de Futebol , que ora se realiza no Brasil , bem como  outros grandes eventos futebolísticos, assumem características próprias das religiões.  Para milhões de pessoas, o futebol, o esporte que possivelmente mais mobiliza no mundo, ocupou o lugar que comumente detinha  a religião. Estudiosos da religião, somente para citar dois importantes como Emile Durkheim e Lucien Goldmann, sustentam que “a religião não é um sistema  de ideias; é antes um sistema de forças que mobilizam as pessoas até levá-las à mais alta exaltação” ( Durkheim ).  A fé vem sempre acoplada à religião. Esse mesmo clássico afirma em seu famoso  As formas elementares da vida religiosa:  ”A fé é antes de tudo calor, vida, entusiasmo, exaltação de toda a atividade mental, transporte do indivíduo para além de si mesmo” (p. 607).  E conclui Lucien Goldamnn, sociólogo da religião e marxista pascalino: ”Crer é apostar que a vida e a história têm sentido; o absurdo existe, mas ele não pre