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Mostrando postagens de agosto 19, 2014

Rico vai para o céu? É pecado cobrar juros? A lei das religiões sobre o dinheiro - Por Taís Laporta

Acumular riquezas ou entregar-se à pobreza pode significar o grau máximo de aproximação com Deus, conforme a crença. Ficar rico pode ser um presente de Deus ou, quem sabe, o caminho mais curto para o inferno. Quando o assunto é dinheiro, cada religião tem suas particularidades, que podem ir de dádiva a desgraça. Mas todas elas concordam num ponto: ajudar o próximo é obrigação de quem enriquece. As cinco maiores religiões do mundo por número de fiéis, cristianismo (catolicismo e protestantismo), islamismo, hinduísmo, budismo e judaísmo, interpretam as escrituras sagradas ou pregam na doutrina como o fiel deve se comportar quanto aos recursos materiais ou terrenos. Acumular riquezas ou despojar-se de todas as posses são, muitas vezes, faces da mesma moeda perante Deus. Isso porque esses dois elementos significam o grau máximo de aproximação com o Divino. Estudiosos das religiões sintetizam a visão de cada uma delas. Catolicismo "Cuidado! Fiquem de sobreaviso co

Finanças e religiosidade cada vez mais unidas – Por Renato Bernhoeft

A prosperidade virou uma teologia nos movimentos religiosos modernos.  Templos se confundem com centros comerciais e catedrais. A salvação já não é apenas eterna, mas terrena. Sucesso e lucro deixam de ser pecado para superar a pobreza. Movimentos pentecostais estimulam a superação em todas as camadas sociais. Um dos pontos de partida para que se faça uma associação, entre a forma como as pessoas se relacionam com o dinheiro e os seus vínculos com a religiosidade, foi provocada pelo sociólogo Max Weber, em sua obra:  “A ética protestante e o espírito do Capitalismo”, em 1905. Segundo ele “a ideia de acumulação capitalista nasceu da ética protestante não por atuação da igreja, mas, inadvertidamente, como resultado das suas crenças.” Posteriormente os chamados movimentos que nasceram sob a denominação de neopentecostalismo intensificaram a pregação baseada na chamada:  “teologia da prosperidade”.   Eles procuravam romper com a mensagem fatalista de que tudo era simples

Será que diabo poderá salvar yazidis do segundo genocídio? – Por Mario Sommossa

Há muito que o mundo não notava sua existência, mas os yazidis, povo pouco numeroso que no decorrer de vários milênios de anos professa sua religião, voltaram a atrair atenção tornando-se vítima da tentativa de genocídio. Combatentes do movimento sunita extremista Estado Islâmico do Iraque e do Levante submeteram ao seu controle vastos territórios no norte do Iraque. Segundo os últimos dados das autoridades iraquianas, os extremistas mataram não menos de 500 curdos yazidis e sequestraram cerca de 300 mulheres. Nos últimos anos, consegui travar conhecimento com alguns deles, homens e mulheres, mas foram eles próprios que me revelaram terem professado uma religião yazidi. Quero dizer que não são mórmons ou amish que não podem ser confundidos com outros povos, mesmo quando vivem separados de sua comunidade.  Os yazidis, enquanto não praticarem seus ritos, não se distinguem de pessoas comuns. Não tem estilo especial de vestir-se ou de pentear-se. Muitos deles abandonaram por