Postagens

Mostrando postagens de dezembro 4, 2014

Cemitérios proíbem cultos afro – Por Francisco Edson Alves

As administrações de cemitérios do Rio de Janeiro estão orientando seus funcionários a não permitir que adeptos de religiões de matrizes africanas façam cultos nos túmulos em homenagem a seus parentes.  A denúncia, constatada nesta quarta-feira pelo  DIA  , é da mãe de santo Rosiane Rodrigues, de 42 anos, que no domingo, conforme vídeo postado em seu perfil numa rede social, foi barrada por um servidor no portão do Cemitério de Ricardo de Albuquerque.  No local, em companhia de duas filhas, ela iria fazer uma oferenda nos jazigos perpétuos de seus avós e da mãe, enterrados lá desde 1950.  A orientação desobedece o Decreto Municipal 39.094, assinado pelo prefeito Eduardo Paes no dia 12 de agosto deste ano, no qual, em um de seus artigos, o 3º, lê-se: “Nos cemitérios não se permitirá (...) o desrespeito aos sentimentos alheios e a convicções religiosas”. Praticante do candomblé, Rosiane não entendeu a proibição: “Para minha surpresa, quando fui entrar com comidas

Convite

Imagem

Entrevista com o organizador do livro “Memórias Ecumênicas Protestantes”, Zwinglio Dias

No imaginário nacional contemporâneo, o golpe militar de 1964 marca um mergulho no período conhecido (inclusive nos livros didáticos de hoje) como:  “os anos de chumbo”.  Contrariando esta percepção atualmente mais dominante, mas nem por isso livre de ameaças, à época, muitos foram os setores da sociedade brasileira a saudar o golpe como uma espécie de salvação para nosso país.  Entre estes estiveram diversos grupos religiosos como os protestantes, cujos líderes conservadores propagavam a ideia de que o regime autoritário seria, na verdade, “uma intervenção divina para salvar o Brasil do comunismo”. É o que explica o pastor emérito da I greja Presbiteriana Unida do Brasil , o mineiro Zwinglio Dias, 73. Além de liderança religiosa, Zwinglio é teólogo, professor de Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora , associado de KOINONIA e editor da Revista eletrônica: “Tempo & Presença Digital”.   É também o organizador de: “Memórias Ecumênicas Protes