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Mostrando postagens de dezembro, 2015

22 agentes pastorais da Igreja Católica assassinados em 2015

A agência Fides, do Vaticano, revelou hoje que 22 agentes pastorais da Igreja Católica foram assassinados em 2015, número que apresenta como a ‘ponta do icebergue’ de uma “perseguição global contra cristãos”. “O Estado Islâmico, o Boko Haram, a discriminação nos vários países em que a religião é um assunto de Estado tornam árdua e heroica a situação dos cristãos, sujeitos a atentados e massacres” , refere o relatório anual, divulgado esta manhã. Pelo sétimo ano consecutivo, o maior número de mortes aconteceu na América , onde houve oito assassinatos; a África registou cinco mortes, a Ásia sete e dois na Europa. O elenco refere-se não só aos missionários, mas a todo o pessoal eclesiástico que faleceu de forma violenta ou que sacrificou a sua vida consciente do risco que corria. A agência de notícias sublinha que a maior parte das mortes aconteceu após “tentativas de assaltos” violentos. Segundo os dados da agência do Vaticano para o mundo missionário , entre

Os nossos extremistas são boas pessoas, os deles são demoníacos – Por Francisco Louçã

É onde imperar a miséria e a desesperança que poderão fundamentar-se as leituras mais radicais de textos religiosos para enraizar o ódio aos outros. Lembrava o filósofo Alain Badiou como tantos intelectuais se renderam aos preconceitos de um racismo de salão que foi naturalizando as extremas-direitas, em particular em França. Como muitas vezes acontece, esses intelectuais que Badiou critica trocaram a reflexão, ou o esforço para perceber as contradições da realidade, pela ideologia, ou simplesmente pelo conforto da facilidade. Ora, o mais fácil é classificar e seriar, para assim se protegerem da sombra do desconhecido. Ou seja, aceitaram a xenofobia como lei da terra e como a linguagem para a rejeição do desconhecido. Há uma base ancestral para esse medo da diferença e dois jovens holandeses quiseram testar um dos seus limites, interrogando pessoas na rua acerca de frases da Bíblia, lidas de um livro em que colocaram na capa a palavra “Corão”. A maioria dos transe

Atos contra muçulmanos triplicaram em 2015 na França

Os atos contra os muçulmanos em razão de sua religião triplicaram neste ano na França ao superar a marca dos 400, frente aos 133 que tinham sido registrados oficialmente em 2014, publicou nesta quarta-feira o "Le Paresien". Os dados da Delegação Interministerial de Luta contra o Racismo e o Anti-Semitismo (Dilcra) , embora não sejam ainda definitivos, mostram "uma alta espetacular e muito inquietante que é explicada essencialmente pelo puxão dos atos que ocorreram depois dos atentados de janeiro", indicou teu responsável, Gilles Clavreul. Segundo as conclusões deste organismo governamental citadas pelo jornal, outra tendência do ano que termina são os ataques a centros de reza muçulmanos, desde pinturas até incêndios e destruições passando por cabeças de porco deixadas como forma de provocação. Assim, duas pessoas foram condenadas a seis meses de prisão por terem incendiado em 25 de abril uma mesquita em Mâcon. Mais recentemente, uma concentraç

‘Monges de aluguel’ na Amazon: Federação Budista do Japão reclama de comercialização de ato religioso

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A Federação Budista do Japão pedirá formalmente que a Amazon pare de vender os serviços de monges budistas, para serviços de aniversários e qualquer cerimônia, acusando-a de “comercialização de um ato religioso”. Em entrevista ao Jornal Asahi, no dia 25 de Dezembro, o presidente da  JBF , Akisato Saito, expressou o descontentamento da Federação com a situação, comparando-a com as abordagens internacionais para serviços religiosos. “Não podemos ajudar, mas sinto dúvida e decepção em relação a atitude da Amazon com a religião, pois eles estão comercializando um ato religioso”, disse ele.  Enquanto isso, a Amazon Japão se recusou a comentar. A Federação planeja apresentar um pedido no início do próximo ano para a empresa norte americana, para que parem de vender o serviço. A empresa Minrevi, começou a contratar monges budistas há cerca de dois anos, em torno de 400 monges se inscreveram para o serviço, que teve crescimento rápido. A empresa com sede em Tóqui

Agenor Duque: O autointitulado apóstolo com “vocação teatral” – Por Jarbas Aragão

Revista Época faz extensa reportagem sobre o líder que "anda de Porsche e voa de jatinho". O apóstolo Agenor Duque, da Igreja Plenitude do Trono de Deus, segue a mesma fórmula da  Igreja Universal do Reino de Deus e da Igreja Mundial do Poder de Deus. Tendo passado pelas duas, em Setembro de 2006, disse ter recebido uma visão de Deus para abrir seu próprio ministério. Vendeu seu carro, um Astra, e usou os R$ 25 mil para comprar espaço nas madrugadas de rádios. Alugou um galpão na Avenida Celso Garcia, em São Paulo e em pouco tempo começou a multiplicar os templos de sua própria denominação. Segundo reportagem extensa da revista Época  desta semana, Duque é o mais novo fenômeno das igrejas neopentecostais. Hoje comanda pelo menos 20 templos, espalhados por São Paulo, Amazonas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal. Além disso, são dezenas de núcleos, galpões que, por não terem toda a documentação, não são considerados templos. Nos últim

Pesquisa mundial contesta visão de que cientistas sejam todos ateus

      Como alguns cientistas tornaram-se famosos não em seus campos de especialidade, mas vendendo livros criticando as religiões, criou-se uma suposição de que a maior parte dos cientistas são ateus ou pregadores do ateísmo. Mas essa suposição foi mais uma vez contestada. E agora pela primeira vez por uma pesquisa em nível mundial, que analisou como os cientistas encaram a religião e como se relacionam com ela. Pesquisadores da Universidade Rice (EUA) entrevistaram 9.422 cientistas em oito regiões do mundo: França, Hong Kong, Índia, Itália, Taiwan, Turquia, Reino Unido e EUA. A equipe também viajou a estas regiões para realizar entrevistas em profundidade com 609 desses participantes, o que torna esta a maior pesquisa mundial já realizada sobre as relações entre fé e ciência do ponto de vista dos cientistas. Mais religiosos que a média "Mais da metade dos cientistas na Índia, Itália, Taiwan e Turquia se autoidentificam como religiosos," relat

A Vida de Brian: Pelos direitos humanos, contra a realidade - Por Léa Maria Aarão Reis*

No filme, religião e política se misturam. A religião é vista de maneira política e a política tratada como religião com seu elenco de verdades absoluta. Brian Cohen nasceu no ano de 33, na província da Judéia , quando a Roma imperial ocupava a região através do seu preposto, o prefeito Pôncio Pilatos. Brian nasceu no canto de uma manjedoura, vizinho de outro bebê que também viera a este mundo na mesma hora: o menino chamado Jesus.  Desde os primeiros momentos, a existência de Brian foi atribulada por sempre confundirem-no com o bebê do lado. Quando sua execrável mãe enxotou os três Reis Magos e deles tentou surrupiar o ouro que traziam destinado na verdade ao bebê vizinho, a cupidez humana se mostra entranhada na sua saga.  Mais adiante, a ignorância, a alienação da massa histérica repetindo dogmas e mantras de forma cega e robotizada, e o cinismo do ambiente são a moldura da breve vida de Brian, morto crucificado aos 33 anos por ordem do juiz Pilatos sem qualquer c

O dia de ano-novo nem sempre foi 1º de janeiro – Por Joelza Ester Domingues

27 de Dezembro de 2015 Réveillon significa, em francês, “véspera”, e vem do verbo réveiller,  “acordar”, isto é, a “véspera do despertar do ano”. A palavra surgiu no século XVII para denominar eventos populares entre os nobres franceses: jantares longos e chiques, que iam até depois da meia-noite, nas vésperas de datas importantes. Esses festejos gastronômicos noturnos eram realizados várias vezes ao ano, mas com o tempo foram se reduzindo até se limitarem a Ano-Novo mesmo. No século XIX, o Réveillon virou moda nas colônias e áreas de influência da França, que eram muitas, já que ela era a superpotência cultural da época. No Brasil, os primeiros Réveillons foram realizados na corte de dom Pedro II, no Rio de Janeiro, e logo copiados pelas elites paulistas. Mas alguns detalhes foram incorporados depois, recheando o jantar francês com um sincretismo bem brasileiro. A comemoração do Ano-Novo é muito mais antiga e remonta à época dos romanos. Mas dessa época até nossos dias 

Liberdade religiosa nos EUA – Por Robert Sherman*

A liberdade religiosa é um fator integral da vida norte-americana, e assim tem sido desde a fundação do nosso país.  De facto, muitas das primeiras colónias na América eram constituídas por indivíduos e famílias vítimas de perseguição religiosa. Não é de estranhar que este direito fundamental seja a "primeira liberdade" consagrada na Carta de Direitos da nossa Constituição. Um componente essencial da liberdade religiosa é o direito que as pessoas de todas as fés têm de participar plenamente na sociedade, sem serem discriminadas com base na sua religião. O pluralismo religioso é um valor e uma tradição norte-americana, que engloba não apenas a tolerância da diversidade religiosa, mas abraça-a como parte do nosso património nacional e uma oportunidade para criar pontes entre diferentes crenças. Todos os dias, em diferentes estados da nossa união, diferentes grupos de cristãos, judeus, muçulmanos, hindus, budistas, sikhs e outros unem esforços enquanto america

Especial de fim de ano traz temas ligados à religiosidade e espiritualidade

A Rádio Nacional apresenta, no dia de Natal, um programa especial com a participação de representantes e lideranças de diferentes religiões. A jornalista Taís Ladeira conversa sobre compaixão, alteridade, espiritualidade, intolerância e outros temas com o Bispo Dom Leonardo Steiner; a Filha de Santo Marta Carvalho, do Templo Axé Oyá Bagan ( Casa da Mãe Baiana ); a Sacerdotisa Wiccaniana Mavesper Cy Ceridwen; e o Monge Budista Ademar Kyotoshi Sato. A conversa propõe uma pausa para a reflexão em torno de temas muitas vezes secundarizados, como a diferença entre espiritualidade e religião, os pontos em comum entre religiões pagãs, orientais ou cristãs, ou ainda o desafio de denunciar e combater a intolerância religiosa. O programa especial irá ao ar na sexta-feira, dia 25 de dezembro, das 8h às 10h, com reprise no dia 1º de janeiro de 2016, no mesmo horário, pelas Rádios Nacional de Brasília AM, Nacional FM, Nacional do Rio de Janeiro, Nacional da Amazônia e Nacional d

Natal é principal data religiosa para 91% dos marilienses – Por Marcelo Moriyama

Segundo historiadores, data celebrava o nascimento anual do Deus Sol, se tornando o dia do nascimento de Jesus pela Igreja Católica no século III. O Natal no Brasil se tornou o período do ano em que mais se reúnem as famílias e amigos em torno de uma festividade. Se a data se confunde cada vez mais com a imagem comercial de Papai Noel, envolto à diversão e troca de presentes, na cidade esse dia ainda é considerado o mais importante do ano para as três principais religiões cristãs de Marília, a católica, as evangélicas e a espírita, que representam 91,8% da população da cidade. Segundo historiadores, originalmente destinada a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno ( natalis invicti Solis ), a festividade foi ressignificada pela Igreja Católica no século III para estimular a conversão dos povos pagãos sob o domínio do Império Romano e então passou a comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré. Mas no Brasil o Natal ainda mantém forte simbolismo

Aniversários dos nascimentos de Jesus Cristo e de Maomé celebrados quinta e sexta-feira

Os crentes das duas maiores religiões monoteístas do mundo celebram quinta e sexta-feira a festa do nascimento dos fundadores do islamismo e do cristianismo, uma proximidade de datas que não acontecia desde o século XVI. Os cristãos seguem o calendário gregoriano que tem 25 de Dezembro como o dia do nascimento de Jesus Cristo enquanto os muçulmanos seguem o calendário islâmico, com 12 meses lunares e um ano de 354 ou 355 dias. A festa islâmica, o Id Mawlid , aniversário do profeta, é celebrada no 12.º dia do terceiro mês do calendário muçulmano, cujo ano islâmico começa no Dia da Hégira, em que Maomé deu início à jornada de Meca a Medina , corria o ano de 622. (Notícia substituída porque as duas datas não são coincidentes) Os meses muçulmanos seguem o calendário lunar, pelo que todos os anos se adiantam cerca de 10 dias ao solar, razão pela qual as principais datas do Islão, incluindo o Ramadão, são móveis e não coincidem com o calendário gregoriano. Por seu lado,