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Mostrando postagens de janeiro 10, 2015

Estudo revela que maioria dos jovens extremistas da França é de família ateísta - Por Alex Rodrigues

O Ministério do Interior da França estima que entre 700 e mil jovens franceses já aderiram a organizações como o Estado Islâmico (Isis) e a Al Qaeda. A maioria dos jovens franceses que aderiram a grupos radicais islâmicos não foi criada em famílias seguidoras do Alcorão, mas em famílias ateístas. A informação consta de estudo feito pelo Centro de Prevenção Contra os Desvios Sectários ao Islã (Cpdsi). Conforme os dados, 160 famílias foram entrevistadas. Elas fazem parte de um universo entre 700 e mil jovens que o Ministério do Interior da França estima terem aderido a organizações como o Estado Islâmico (Isis) e a Al Qaeda . Alguns chegaram a viajar para países como Síria e Iraqu e e tomar parte em ações armadas. Entre as famílias ouvidas, 128 (80% do total) classificam-se como ateias. Dessas, ao menos doze afirmaram manter na memória a lembrança de traumas provocados pela intolerância racial ou religiosa, como o Holocausto judeu ou a perseguição ao povo argelino,

Ataque ao Charlie Hebdo impulsiona islamofobia na Europa

Movimento anti-islâmico na Alemanha juntou milhares de manifestantes nas principais cidades do país. Após o ataque à sede da revista francesa Charlie Hebdo , que deixou 12 mortos na quarta-feira (07/01), diversas mesquitas pela França sofreram atentados com bombas e disparos. Enquanto população se manifesta contra o massacre, políticos da direita instrumentalizam atentado para justificar suas políticas xenofóbicas. França Em Villefranche-sur-Saône , uma bomba explodiu por volta das 6h da quinta-feira (08/01) em uma Kebaberia , ao lado de uma mesquita, sem deixar vítimas. Em Le Mans , tiros foram disparados e uma granada de efeito moral foi lançada para dentro da mesquita, sem causar grandes danos. Outra mesquita, em Port-la-Nouvelle , também foi atacada a tiros. Le Pen Logo após o atentado, a líder do Frente Nacional, partido francês de extrema-direita, Marine Le Pen, deu uma declaração afirmando que o partido esteve no caminho correto ao combater o fundament

Ban Ki-moon pede que terrorismo não seja visto como uma "guerra de religiões"

O secretário-geral da ONU , Ban Ki-moon, lançou nesta quinta-feira uma dura crítica ao extremismo e a "brutalidade" do terrorismo, mas pediu que ele não seja visto como "uma guerra de religiões, pela religião ou sobre religiões". Em declarações aos jornalistas após apresentar um relatório na Assembleia Geral, Ban fez um pedido à tolerância e ao entendimento e denunciou o "extremismo e a atroz brutalidade" dos atos terroristas. "Estão alcançando uma escalada preocupante e fomentando as divisões dentro das comunidades e das sociedades", disse Ban, que mencionou o recente atentado em Paris contra a revista satírica Charlie Hebdo , que deixou 12 mortos. Ban Ki-moon  disse ter ficado comovido com as imagens do "desprezível ataque" à revista francesa e horrorizado com o "assassinato sem compaixão" de um policial na calçada em frente a sede do veículo. "Já conhecemos esse homem. Se chamava Ahmed Mirabet.

Viva o Islão – Por Miguel Esteves Cardoso

O direito da liberdade religiosa vem do mesmo princípio que nos deu a liberdade de expressão. Recebi um email racista a dizer que os muçulmanos não acreditam na liberdade de expressão. E daí? Faz parte da liberdade de expressão ser contra a liberdade de expressão. Não há nenhuma religião que goste da liberdade de expressão. A única religião a ter uma Inquisição assassina foi cristã e católica e ibérica. As nossas leis contra a blasfémia só há pouco foram abolidas. A religião muçulmana é a mais democrática (no sentido de aceitar todos os que a procuram) de todas. A religião judaica é propositadamente difícil para quem se queira converter. A versão católica do cristianismo também se faz cara. O Islão é contra a liberdade de expressão porque acredita que a blasfémia é um pecado, como também acreditavam até há pouco tempo (se é que mudaram) as duas outras grandes religiões monoteístas. Os religiosos podem pensar o que pensam. A grande república francesa, iniciada po

Meias verdades, grandes mentiras - Por Matheus Pichonelli

Diariamente, crimes são cometidos em nome de nossos totens e tabus. Mas é mais fácil acreditar que só os muçulmanos levem a cabo o próprio fanatismo. "Esses caras são tudo louco. Não pode provocar." "Ninguém é obrigado a respeitar a cultura deles. Eles que se mudem." "Se depois desses atos as pessoas continuam defendendo o Islã, é porque compactuam com os crimes." "Toda mesquita deveria ser apedrejada." "Não adianta agora os líderes pedirem perdão: eles criaram os monstros." Repare no teor das frases acima, retiradas de conversas informais e manifestações em redes sociais após o ataque à sede do jornal Charlie Hebdo , em Paris , que deixou 12 mortos, entre eles o editor-chefe do semanário e três de seus principais ilustradores. As manifestações deixam dúvidas sobre quem são os responsáveis por tornar o mundo uma grande área de risco: a religião. Não qualquer religião, mas o islamismo. Agora pegue todas as sentenças d

Religião provoca violência? - Por Leandro Narloch

Nos últimos dez anos, 101 torcedores morreram em brigas de estádio no Brasil.  O número é cinco vezes o de mortos em ataques de terroristas muçulmanos na França e o dobro das vítimas da Inglaterra no mesmo período. Podemos então dizer que esporte mata? Que o futebol provoca violência? Pois é exatamente o que fazemos quando culpamos a religião pelo terrorismo. A crueldade do ataque aos jornalistas do Charlie Hebdo faz muita gente ligar os pontos e afirmar que religião causa violência. Gente graúda pensa assim, como Richard Dawkins, na minha opinião um dos gênios vivos da ciência. Também parece haver bons argumentos para essa ideia.  As cruzadas, as carnificinas entre protestantes e católicos nos séculos 16 e 17, os conflitos entre hindus e muçulmanos na Índia : banhos de sangue em nome da fé são frequentes na história. Mas isso é um mito. Religião não provoca violência, ou melhor: provoca tanta violência quanto qualquer identidade de grupo. O homem mata em no