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Mostrando postagens de janeiro 14, 2015

Observatório para a Liberdade Religiosa

O Observatório para a Liberdade Religiosa nasce hoje em Lisboa em defesa da religião como direito consagrado dos cidadãos, uma semana depois dos atentados de Paris , que trouxeram novamente para a ordem do dia o fundamentalismo religioso. A iniciativa de um grupo de cidadãos, na sua maioria ligados ao meio académico, é formalmente criada numa altura em que se multiplica a violência em nome da religião, de que os atentados da semana passada à sede do jornal satírico francês Charlie Hebdo e a um supermercado judaico, que fizeram 17 mortos, são exemplos mais recentes. Alexandre Honrado, coordenador do Observatório para a Liberdade Religiosa (OLR) , explicou, em declarações à agência Lusa, que a estrutura resulta da necessidade de ter “a religião praticada como uma das liberdades consagradas para o ser humano”. “Queremos observar, não queremos criticar, transformar, alterar, dar novas soluções às coisas. Ao observar fazemo-lo analiticamente e podemos então abrir portas aos

Pastor Silas Malafaia critica a revista Charlie Hebdo e defende a liberdade religiosa - Por Renato Cavallera

O pastor Silas Malafaia voltou a público na terça-feira, 13 de Janeiro, para comentar na internet sobre o islamismo no mundo e os ataques a Revista Charlie Hebdo.  O pastor criticou a revista francesa por publicar charges ridicularizando o cristianismo, e lembrou que em uma das capas do periódico os editores “colocaram figuras representando o pai, filho e Espírito Santo tendo relações sexuais entre eles”. Para o pastor, “o que os camaradas do jornal Charlie Hebdo já publicaram satirizando Cristo e a trindade é infinitamente superior sobre as de Maomé”.   Porém, segundo Malafaia, “o estado democrático de direito permite esse deboche, mesmo eu repudiando isso. Eles têm direito. O preço da sociedade livre”, defende ele que ainda aproveitou para atacar o movimento gay , pois “não suporta nenhuma crítica e taxam os opositores de homofóbicos, eles têm muito que aprender com o estado democrático”. O pastor também criticou o islamismo afirmando que lideranças muçulmanas

Mais de dez mil em Berlim contra islamistas e islamófobos – Por Maria João Guimarães

Uma coroa branca de flores com as palavras:  “terrorismo: não no nosso nome” Colocada em frente à embaixada de França em Berlim , na praça em frente à porta de Brandemburgo , foi um dos momentos da manifestação que juntou mais de dez mil pessoas na capital alemã apelando à tolerância religiosa e contra o radicalismo. A iniciativa de organizações muçulmanas e turcas da Alemanha teve a presença do Presidente, Joachim Gauck, da chanceler, Angela Merkel, e de líderes religiosos. A mensagem, forte, foi de unidade. “Nós todos, nós somos a Alemanha” , disse o Presidente Joachim Gauck. “Não nos vamos deixar dividir. Mantemo-nos firmes contra qualquer forma de demonização e ostracismo” , continuou. “Não vos daremos o presente do nosso ódio”, prometeu. A Alemanha, disse ainda Gauck, “tornou-se mais diversa a nível religioso, cultural, e de mentalidade graças à imigração”, o que “contribuiu para o sucesso do país e tornou-o mais interessante”. A chanceler não

Compreendendo as origens do ódio religioso – Por Philip Jenkins

Será que as origens do ódio religioso estão na ruptura brutal com as crenças familiares? No início da minha carreira, o meu foco de atenção era o nascimento da história britânica moderna, com ênfase especial nos conflitos religiosos e na violência.  Ao repassar esses estudos, eu percebo cada vez mais a existência de paralelos entre aquele tempo e as manifestações de ódio religioso e de intolerância que tanto perturbam o nosso mundo contemporâneo. Embora aqueles eventos históricos do início da modernidade britânica já estejam distantes no tempo, eles ainda têm muito a nos dizer hoje em dia. A Grã-Bretanha , no século XVII, era oficialmente uma nação protestante anglicana, que penalizava as práticas católicas de maneira implacável. Mesmo assim, minorias dissidentes, ou seja, os católicos da resistência, sobreviviam em certas regiões, principalmente a norte e oeste do país.  Em períodos normais, eles eram mais ou menos deixados em paz, mas, de vez em quando, eram subme

Milhares de pessoas saúdam o Papa à chegada ao Sri Lanka

Milhares de pessoas, com bandeiras amarelas e brancas nas mãos, saudaram ontem o Papa à chegada a Colombo, no arranque de uma visita de dois dias com a qual iniciou novo périplo à Ásia que vai terminar nas Filipinas. Num país com uma minoria de católicos (cerca de 6,2% da população), milhares de crentes e sobretudo curiosos interessados em ver de perto o Papa, acompanharam Francisco durante os cerca de 30 quilómetros que separam Colombo do aeroporto internacional de Bandaranaike , que serve a capital cingalesa. O Papa Francisco saudou os cingaleses que ocupavam as bermas das estradas a partir do Papamóvel descoberto que usa nesta visita. O Papa teve encontros com os bispos do Sri Lanka e uma visita de cortesia ao novo Presidente, Maithripala Sirisena. Também participou de uma cerimónia inter-religiosa no país de 20 milhões de habitantes em que cerca de 70% da população professa o budismo, 15% o hinduísmo e 10% a religião muçulmana. À chegada ao país, o Papa Franci