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Mostrando postagens de janeiro 15, 2015

O esboço de políticas violentas de alteridade - Por Roberto Vinicius P.S. Gama

Mais um atentado terrorista neste acelerado, complexo, globalizado, multicultural e obcecado breve século 21.  O alvo não foi uma instalação militar, um arranha-céu econômico, um edifício oficial político. Desta vez, um órgão de imprensa destacado pela atuação satírica, misturando arte visual e crítica política.  Novamente, como de praxe, o foco é virado para o grupo criminoso: quem são, como planejaram o ato, quais são suas motivações, pretendem novos alvos?  O principal é investigar e perseguir o inimigo, mostrar reação severa a ele, superar seu recado político com uma narrativa de frustração e desumanização desse outro. Nesse circo mambembe com uma disputa de “verdades” equilibristas, é importante levantar a lona. Do ato às leituras e apropriações do fato, muito se perde na tradução. O conteúdo que segue leva em conta as ruínas, escombros e cascalhos do desastre, busca contribuir um pouco na recuperação de visões e leitura menos condicionadas pela reação imediat

ONGs denunciam que Boko Haram comete 'crimes contra a humanidade' na Nigéria

Os islamitas do Boko Haram cometeram durante sua ofensiva mais sangrenta em 6 anos de insurreição no nordeste da Nigéria crimes de guerra e crimes contra a humanidade, denunciou nesta quinta-feira a Anistia Internacional (AI). A AI e a Human Rights Watch (HRW) publicaram diferentes imagens de satélite para mostrar a destruição em massa das duas principais localidades atacadas, Baga e Doron Baga, situadas na costa do lago Chade , no norte do estado de Borno (nordeste da Nigéria). "Os assassinatos deliberados de civis e a destruição de seus bens constituem crimes contra a humanidade e exigem uma investigação", declarou a AI. "O recente massacre é um crime contra a Humanidade. É um massacre enorme e horrendo de pessoas inocentes", concordou o secretário de Estado americano, John Kerry, em declarações em Sofia. Segundo a AI , centenas de pessoas teriam morrido em um ataque de vários dias iniciado em 3 de janeiro, que teme-se que tenha sido o p

"Loucura!" – Por Antonio Carlos Siufi Hindo

O atentado que roubou a vida de doze jornalistas da r evista Charlie Hebdo , que fazia charges de humor nos campos políticos, culturais, econômicos e religiosos, na cidade de Paris , mostrou a face mais nojenta do ser humano.  Não existe motivo que possa justificar tão horrenda ação. A humanidade já marcha celeremente para alcançar o primeiro quartel de um novo século, de um novo milênio, e ainda há os que se utilizam da religião para continuar mergulhando a humanidade em um banho de sangue.  É algo estarrecedor, máxime, quando se tem notícias que os seus autores, os fundamentalistas islâmicos, não possuem motivos para tanto.  O Oriente Médio foi o berço da civilização. Naquele sítio geográfico do nosso planeta, o homem arou por primeiro a terra e cultivou os alimentos; ergueu o primeiro templo religioso e aprendeu a rezar e a perdoar; instituiu a família e resgatou a dignidade da mulher; edificou, o primeiro código de leis, o Código de Hamurabi , para estabelecer co

Federação das Associações Muçulmanas no Brasil condena atentados na França – Por Geórgia Cristhine

A Federação das Associações Muçulmanas no Brasil não concorda com a onda de violência e terror praticada por grupos radicais em nome do Islamismo.  O vice-presidente da FAMBRAS , professor e jornalista, Ali Hussein El Zoghbi, em entrevista à rádio Sputink, disse que lamenta as notícias de mortes de civis na França em atos terroristas cometidos em nome da religião. O vice-presidente da FAMBRAS , professor e jornalista, Ali Hussein El Zoghbi, em entrevista ao jornalista Arnaldo Risemberg, da rádio Sputink, disse que lamenta as notícias de mortes de civis na França em atos terroristas cometidos em nome da religião.  “Recebemos com pesar e indignação todos os atos de barbárie que têm acontecido e que têm sido de uma maneira equivocada rotulados como islâmicos” , lamentou. Ali Hussein fez questão de explicar que não existe nenhuma passagem do Alcorão, que é o livro sagrado com a palavra de Deus do Islã, que autorize ou permita a violência em prol de qualquer finalida

Depois de uma vigília comovente em Berlim, é hora de agir – Por Marcel Fürstenau

A necessidade une. Essa sabedoria milenar vem sendo confirmada de forma impressionante e emocionante em todo o mundo, nos últimos dias.  No domingo (11/01) circularam pelo mundo as imagens vindas da França, onde milhões de pessoas homenagearam as vítimas de islamistas fanáticos. Em Berlim , alguns milhares de pessoas reuniram-se na terça-feira diante do Portão de Brandemburgo para uma vigília convocada pelo Conselho Central dos Muçulmanos na Alemanh a e pela comunidade turca.  Agora não se pode mais acusá-los de não fazer nada contra a radicalização religiosa ou até mesmo contra o terrorismo. Essa acusação costumava ser feita na Alemanha. "Todos nós somos a Alemanha" , disse o presidente do Conselho Central dos Muçulmanos , Aiman Mazyek. O presidente alemão, Joachim Gauck, repetiu essas palavras.  Seria difícil encontrar um símbolo retórico mais bonito do que esse. E uma imagem ficará na memória de todos os que estavam presentes ou dos que acompanhar