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Mostrando postagens de abril 1, 2015

Católicas enviam carta ao Papa Francisco e apontam contradições da Igreja – Por Cristina Fontenele

A Rede Latino-Americana de Católicas pelo Direito de Decidir (CDD) enviou uma Carta ao Papa Francisco, por ocasião dos dois anos de ministério do Sumo Pontífice, completados no último dia 13 de março deste ano.  No documento, a Rede reconhece o empenho do Papa em promover a reestruturação da Cúria Romana , enfrentar a corrupção, estimular a vocação para o diálogo e participar da intermediação em conflitos internacionais.  "Valorizamos que o senhor esteja contribuindo para uma maior humanização da figura papal.”, afirma o documento. No entanto, a Rede também alerta sobre algumas contradições que estariam presentes no discurso papal. Temas como a participação feminina no sacerdócio, a homossexualidade, o aborto e a pedofilia clerical seriam ainda abordados de maneira paradoxal. Em entrevista a Adital, Yury Orozco, uma das coordenadoras das CDD no Brasil , comenta sobre a repercussão e expectativas com o envio do documento e analisa os avanços e desafios dos dois a

Até à 5ª Casa: A pouca fé do fanatismo - Por Sérgio Diamantino

Para quem é fanático, não há nada melhor do que aquilo em que acredita. Aquilo em que acredita é mais forte que tudo. É inabalável.  Mas a grande questão é que o fanático é exactamente aquele que mais facilmente se deixa abanar quando questionam aquilo em que acredita. Ora o fanático acaba por ser, por defeito, aquele que acaba por ter menos fé. Isto é válido para a religião, como é válido para o futebol ou para a política, ou para o que for. E acaba por ser interessante que aqueles que abalam a instituição que o fanático defende, atenção, o fanático acha que o que abana é a instituição e não o questionar da sua fé naquela instituição, são apontados como infiéis ou, pior que isso, traidores (como se alguma vez tivessem defendido as cores do que agora estão a criticar). Religião que é religião não abana com a falta de crença dos outros. Religioso que é religioso acredita que lhe basta praticar o bem enquanto está nesta vida de mortal porque Deus (seja lá Ele de que relig

Paixão de Cristo – Por Francisco Mota

Um simples olhar sobre a cidade e facilmente nos apercebemos do espírito quaresmal e de introspecção que é vivido em cada rua, em cada avenida ou em cada templo. Braga é por esta altura o centro religioso e cultural de Portugal. Ao longo dos tempos conquistou este estatuto pela imponência dos seus actos litúrgicos, rituais e procissões. A divulgação da semana maior atrai milhares de turísticas ao nosso território, monumentos e sobretudo espaços religiosos, dando à nossa cidade uma diversificação de idiomas e culturas de todos os cantos do Mundo. Há muito que vencemos as barreiras da religião, não tendo dúvidas que as nossas ruas são hoje visitadas pelas mais variadas crenças ou ideologias que configuram respeito e admiração pelos nossos actos públicos. Provavelmente a Semana Santa de Braga teve a sua origem histórica em finais do século IV d. C. como outras, pressupõe a paz dada à Igreja pelo imperador Constantino, em 313, e as determinações do Concílio de Niceia sobre a

"é um deus muito exigente", conta professor especialista sobre a religião judaica

Moré Nelson, um dos maiores estudiosos do judaísmo no Brasil, esteve no programa Pânico no Rádio na terça-feira (31/03) para falar sobre a Páscoa judaica, data comemorativa que começa na sexta-feira no calendário judeu. A história do judaísmo é contada da mesma forma que outras religiões, como o catolicismo e o islamismo, baseadas na Escritura Sagrada. O que muda é a forma de interpretação de cada uma delas. Algumas com mais detalhes que outras, exigindo maior tempo de estudo e dedicação. “O judeu estuda até o último dia da vida, e ele vive até 120 anos” , contou o professor teoricamente. No judaísmo, Deus também criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo. A narrativa segue com Adão, Eva, a serpente, os filhos Caim e Abel e, dez gerações depois, Noé. A tentação de superar o poder divino continua presente desde o desrespeito às regras de Deus, como a desobediência de Adão ao comer o fruto proibido no Jardim do Éden.  “É um Deus muito exigente. Não tem argumentaç