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Mostrando postagens de abril 4, 2015

Igrejas de Niterói preservam séculos de história e fé - Por Marcelo Almeida

Fundada há mais de 400 anos, Niterói guarda em suas igrejas marcas da colonização portuguesa e acervo de grande valor cultural, além do registro de fé dos milhares de fiéis. Com 441 anos, Niterói é uma das mais antigas cidades do Brasil e, com isso, a sua história remete ao período colonial, ainda no Século XVI. Como toda cidade do período de colonização portuguesa, de um catolicismo muito forte, Niterói crescia ao redor dos templos. Assim, a Cidade Sorriso tem muitas igrejas históricas que hoje dividem espaço com construções modernas. Para o arcebispo de Niterói , Dom José Francisco Resende Dias, as igrejas históricas de Niterói revelam a caminhada de evangelização que foi acontecendo, em nossa região, no decorrer da história.  “Temos a bela igreja de São Lourenço dos Índios, que teve a graça de ouvir a pregação de São José de Anchieta, Apóstolo do Brasil. As várias igrejas bonitas que temos são sinais fortes de fé, dedicação e amor do povo para com Deus, no decorrer

Somos programados para acreditar em um Deus? – Por Francesca Stavrakopoulou

Apesar de acesso a conhecimento científico ter crescido, religião ainda mantém forte presença na sociedade. A religião, a crença em seres sobrenaturais, incluindo deuses e fantasmas, anjos e demônios, almas e espíritos, está presente em todas as culturas e permeia toda a História.  A discussão sobre a vida após a morte remonta a, pelo menos, 50.000 a 100.000 anos atrás. É difícil obter dados precisos sobre o número de crentes de hoje, mas algumas pesquisas sugerem que até 84% da população do mundo são membros de grupos religiosos ou dizem que a religião é importante em suas vidas.  Vivemos em uma era de um acesso ao conhecimento científico sem precedentes, o que alguns acreditam que é incompatível com a fé religiosa. Então, por que a religião é tão difundida e persistente? Os psicólogos, filósofos, antropólogos e até mesmo os neurocientistas sugerem possíveis explicações para a nossa disposição natural de acreditar, e para o poderoso papel que a religião parece ter em n

Portugal olha para a religião sem a questionar

O diretor do mestrado em Ciência das Religiões da Universidade Lusófona , Paulo Mendes Pinto, defende que em Portugal não se questiona a religião e acredita que o curso que dirige veio quebrar essa tradição sem desrespeitar as várias crenças. "Portugal é um país muito religioso, mas mais do que religioso é um país que olha muito para a religião sem a questionar" , disse à agência Lusa Paulo Mendes Pinto, diretor do mestrado em Ciência das Religiões, um curso que reune 25 alunos de mais de uma dúzia de confissões religiosas. Para o especialista, a principal caraterística do curso, que teve a sua primeira edição em 2008, é o seu "lado de rutura" com uma tradição portuguesa de não questionar o fenómeno religioso. "A essência deste curso é questionar e olhar o fenómeno religioso com todo o respeito que este implica porque não nos debruçamos apenas sobre religiões que já desapareceram, debruçamos-nos sobre religiões das pessoas que temos em sala de

Discutir dogmas sem contestar fé em aula que junta várias crenças/Portugal

As verdades absolutas ficam à porta e nesta sala de aula ninguém quer mudar a fé do outro. Os alunos representam uma dúzia de religiões e crenças e têm como único dogma que tudo pode ser contestado. José Palha, empresário no setor dos despachantes, é possivelmente o aluno que melhor encarna o espírito do mestrado em Ciência das Religiões, promovido pela Universidade Lusófona desde 2008. Nascido católico, desde cedo se sentiu intrigado pelo fenómeno religioso. Aos 70 anos e, depois de uma fugaz passagem pelo protestantismo e de um curso intensivo de teologia na Universidade Católica , José Palha continua "dominado pela razão" e sem se conseguir definir religiosamente. "Nunca vi nada que me dissesse que Deus existe ou que não existe. Por sistema, ponho sempre tudo em causa" , disse à agência Lusa.   Considera-se "condenado a aprender" e a fazer constantemente uma "divisão entre a fé e a razão". "Sem razão não consigo interp

Biblioteca sagrada – Por Giselle Ferreira

Do candomblé ao budismo, das cristãs ao sikh dharma: religiões ganham livros em versões infanto-juvenis. Se Lucas aprendeu sobre a morte e, aos 8 anos, consolou seus pais a partir do que entendeu sobre a vida eterna com o “Bhagavad-Gita para Crianças”, Davi, que só completa 5 anos daqui a dois meses, pôde tranquilizar sua turma de escola num dia de tempestade com o que absorveu do “Meu Livro de Histórias Bíblicas” (ed. Torre de Vigia, 2006).  “Por causa da chuva forte, as crianças começaram a chorar com medo e o Davi, então, disse que elas não precisavam se preocupar porque foi Jeová quem mandou a chuva para o bem dos homens” , conta Porfírio Santos, pai de Davi e Testemunha de Jeová.  “Ele adora o livro e sempre me pede para ler antes de dormir. Principalmente depois que descobriu a origem do nome dele com a história de Davi e Golias”. Foi através de livros infantis que abordam a religiosidade que Lucas e Davi foram introduzidos a fundamentos e estão aprendendo