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Mostrando postagens de maio 18, 2015

Religiões e religiosidades – Por Perly Cipriano

O Estado Brasileiro é laico, não tem nem pode ter religião, mas tem o dever de assegurar e garantir a liberdade religiosa, incluindo o direito de não ter nenhuma religião.  Artigo 5, inciso VI da Constituição: “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantia na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias”. No ano 2003, quando assumi a subsecretaria de Promoção de Defesa dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR) , recebi um grupo de representantes de religiões de matriz africana. Os grupos vinham de seis estados: Bahia, Sergipe, Alagoas, Minas Gerais São Paulo e Rio de Janeiro. Procuravam na Secretaria uma parceria para o enfrentamento da intolerância religiosa, principalmente contra as religiões de matriz africana. Protestavam contra invasões, apedrejamentos, e destruições de locais de cultos e oferendas, além de ameaças, discriminações em locais públicos, im

Religiões tendem a se evaporar no Ocidente, afirma Daniel Dennett - Por Paulo Lopes

Ao longo de séculos, as religiões, principalmente na Europa e América do Norte , vêm se enfraquecendo, em um processo que se acelerou nas últimas décadas por causa da rápida disseminação da informação digital. Se a atual tendência se mantiver, as religiões do Ocidente vão evaporar, restando apenas bolsões de intensa atividade religiosa, o que poderá ser fonte de tensão e conflito. Essa previsão é do professor e pesquisador Daniel C. Dennett, do Centro de Estudos Cognitivos da Universidade Tufts e influente militante do ateísmo. Em artigo publicado no  The Wall Street Journal  com o título: "Por que o futuro das religiões é sombrio" , Dennett destacou que um em seis norte-americanos já é none (sem religião) e que em 2050 essa proporção será de um em quarto, de acordo com estudo do Pew Research Center. “Igrejas estão sendo fechadas às centenas e suas instalações aproveitadas como habitação, escritório, restaurantes ou simplesmente abandonadas” , escreveu

A educação jesuítica no Brasil e o seu legado para a educação da atualidade – Por Wilson Ricardo Antoniassi de Almeida

Wilson Ricardo Antoniassi de Almeida – Doutorando em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de São Carlos , São Carlos, SP, Brasil. Resumo Este trabalho propõe algumas reflexões acerca da colonização e da educação jesuítica no Brasil e a sua implicação para a educação da atualidade a partir do estudo de dois filmes que retratam este contexto histórico: Desmundo e Hans Staden, além de uma pesquisa bibliográfica. O diálogo entre as fontes imagéticas e a literatura científica funcionará como um dispositivo mútuo, onde elas se complementam, proporcionando subsídios para um embasamento teórico e crítico e permitindo a compreensão, análises e a visualização de situações desse período. As discussões aqui apresentadas compreendem o período de hegemonia dos jesuítas no ensino brasileiro, tendo início em 1549 com a Companhia de Jesus, até 1759 quando os padres jesuítas foram expulsos de Portugal e de suas colônias pelo Marquês de Pombal. Diante