Evento sobre clima e religiosidade acontece neste domingo no Aterro do Flamengo/RJ – Por Rita Silva



Ação faz parte de campanha global com mais de 130 iniciativas em 35 países.

 Acontece no Aterro do Flamengo neste domingo, 12 de junho, a partir das 10 horas, o Sacred Earth 2016, evento sobre clima e religião que integra uma ação global com mais de 100 iniciativas em 35 países em todos os continentes. 

Aberto ao público em geral, ele reunirá ambientalistas e líderes religiosos em uma data simbólica: uma semana depois do Dia do Meio Ambiente, exatos seis meses após o fechamento do histórico Acordo de Paris para o controle das mudanças climáticas e a uma semana do aniversário de um ano do lançamento da encíclica Laudato Sí, do Papa Francisco, que foi a primeira da história da Igreja Católica a falar sobre meio ambiente.

 A expectativa dos organizadores é que pelo menos 200 pessoas participem de uma grande aula aberta sobre as conexões entre mudanças climáticas e religião, quando será também será possível entender o que cada um de nós pode fazer na nossa vida cotidiana pelo tema. 

Estão confirmadas as presenças da ambientalista Ana Toni (GiP), Eduardo Figueiredo (IBIO), Alfredo Sirkis (CBC) e dos líderes Raga Bhumi Devi Dasi (ISKCON), Pedro Strozemberg (ISER), Graça Luz (MIR – Movimento Inter-religioso), Flávia Pinto (Casa do Perdão) e Og Sperle (WICCA). 

O evento contará ainda com atividades culturais e inter-religiosas promovidas por diversos grupos como o Centro Nowa Cumig de Tradições Nativas e o Religiones por la Paz, da Argentina.

 O objetivo do Sacred Earth 2016 é ser um chamado para que os líderes mundiais se comprometam com o limite de 1,5 graus no aumento da temperatura do planeta, conforme previsto no Acordo de Paris.  

Os mais de 130 eventos já confirmados visam também chamar a atenção de cidadãos de vários credos sobre a urgência de ratificação do Acordo de Paris, que só entrará em vigor quando for assinado por países que representem pelo menos 55% das emissões globais dos gases que estão causando o efeito estufa. 

Embora um recorde histórico tenha sido alcançado no último dia 22 de abril, Dia da Terra, quando 175 países assinaram o acordo, ainda assim essa meta não foi atingida.

 No caso do Brasil, haverá também um apelo pela ratificação do Acordo pelo Congresso Nacional, sem a qual o Brasil não terá como cumprir suas promessas. 

“A participação de todos e cada um de nós neste momento é fundamental, não só para pressionar os governos a cumprir as disposições do Acordo de Paris, mas para aumentar seus compromissos e manter viva a esperança na sobrevivência dos seres humanos e das muitas outras espécies que são criação de Deus”, ressalta Clemir Fernandes, coordenador institucional do ISER, um dos organizadores do evento no Aterro, junto com o Gestão de Interesse Público e em parceria com outras instituições.




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