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Mostrando postagens de março 10, 2016

Santa Sé: o pensamento único mina a liberdade religiosa

A Santa Sé está alarmada com o aumento das violações da liberdade de religião e de credo em muitos países no mundo.  Foi o que afirmou o encarregado ad interim de assuntos vaticanos no escritório da Onu em Genebra, na Suíça, Mons. Richard Gyhra, durante uma sessão dedicada à relação entre liberdade religiosa e liberdade de expressão. Trata-se de uma tendência que “parece indicar uma falta de vontade política por parte das várias instituições da comunidade internacional de enfrentar as causas de tal violência”. Liberdade religiosa e liberdade de expressão são interdependentes Liberdade religiosa e de expressão “são interdependentes e unidas”: o perigo se apresenta “quando os direitos humanos são compreendidos segundo uma abordagem que considera a liberdade como licença ou autonomia completa” e “o exercício da própria liberdade sem alguma referência ao outro” , precisou o prelado. O pensamento único Mons. Gyhra recordou que “minimizar o papel essencial que

Governo chinês rejeita atividades religiosas

Declarações dos governantes reforçam que a religião é incompatível com a ideologia do Estado. De acordo com informações da agência de notícias Reuters, um dos departamentos do Partido Comunista da China declarou que até mesmo os funcionários aposentados pelo Estado e que são membros do partido, devem se abster de qualquer tipo de atividade religiosa. “A declaração não é novidade, eles estão sempre reforçando que a religião é incompatível com a ideologia do governo. Eles já mencionaram que até mesmo os alunos que estudam fora do país, deverão receber uma ‘educação patriótica’ mais profunda”, comenta um dos analistas de perseguição. O governo chinês demonstra claramente que está se esforçando para impor sua ideologia. “Se o que eles estão determinando, vai acontecer ou não, é outra história. Mas é curioso que, um dia depois da declaração, a Revista Foreig Policy (Política Estrangeira), publicou um artigo que mostrava estatisticamente como cresceu o número de estudant

Islamitas ameaçam com protestos se estatuto do Islão for alterado

Grupos islâmicos conservadores do Bangladesh ameaçaram hoje com protestos em larga escala se um tribunal decidir que o Islão não pode continuar a ser considerado a religião oficial do Estado de maioria muçulmana. O Bangladesh é oficialmente secular, mas o Islão tem sido a religião oficial há quase três décadas. Mais de 90% da população é muçulmana, sendo os hindus e os budistas as principais minorias. O Supremo Tribunal está a analisar uma petição apresentada por secularistas, que consideram que o estatuto do Islão como religião estatal contraria a Constituição secular e discrimina os não-muçulmanos. "Qualquer ato para alterar o estatuto do Islão debilitará e difamará a religião" , declarou o mufti (académico islâmico) Mohammad Faezullah, secretário-geral do partido islamita Islamic Oikya Jote (IOJ) , adiantando que "os partidos islâmicos, pessoas em geral e clérigos resistirão realizando protestos". A decisão do tribunal ameaça exacerbar as t

Liberdade de religião está cada vez mais comprometida

Os cristãos estão cada vez mais impossibilitados de se reunirem para adorar a Deus. De acordo com informações da agência de notícias  Associated Press , 86 pessoas foram mortas em ataques do Boko Haram , só no mês de janeiro, na Vila Dalori, e em alguns campos de refugiados no nordeste da Nigéria. Em um dos ataques, três mulheres-bomba estavam entre os militantes islâmicos. O relatório indica que os militantes do Boko Haram estavam fortemente armados e resistiram às forças militares durante um bom tempo. Os sobreviventes disseram que a polícia demorou demais a chegar e agora temem novos ataques. "Enquanto os militares nigerianos lutam contra o Boko Haram, nas principais cidades do norte do país, o grupo continua crescendo e se estabelecendo, tão perigoso e tão brutal como nunca. Eles têm os focos principais e determinam as regiões que vão atacar, então aumentam o número de homens-bomba e suicidas. O crescimento desse grupo extremista tem surpreendido os nigeria

Um encontro histórico “para que as pessoas saibam que a religião é importante" – Por Filipe d'Avillez

Marcelo Rebelo de Sousa fez história ao visitar a Mesquita de Lisboa no dia da sua inauguração. Entre as 18 religiões presentes não houve dúvidas sobre a importância do evento, nem de que Portugal , neste campo, “é exemplar”. Tiago Calaím tem oito anos e esta quarta-feira esteve na Mesquita Central de Lisboa, integrado num grupo de crianças de diferentes confissões religiosas, para saudar o novo Presidente da República na sua chegada ao encontro inter-religioso que teve lugar no dia em que foi empossado. Para o jovem evangélico tratou-se de um evento significativo “para as pessoas saberem que isto é muito importante”. "Isto", entenda-se, é a religião. No mesmo grupo que Tiago estavam crianças budistas, hindus, muçulmanas e sikhs. A maioria destas palavras ele nem as conhece, mas quando lhe perguntamos que outras religiões estavam representadas fala nos “muçulmanos e nos indianos”. É certo que os indianos não são uma religião em si, mas não deixa de se