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Mostrando postagens de abril 18, 2016

Religiões na era high tech – Por Raquelle Wacemberg

A tradição tem interagido com a tecnologia em várias igrejas da Região Metropolitana. Manter a fé de tradições milenares com a cara do século 21. Religiões que se curvam à era tecnológica, mas não deixam de lado a essência da doutrina. Graças à Reforma Protestante , iniciada por Martinho Lutero, no século 16, estátuas, imagens e pinturas desaparecem para dar lugar à simplificação do culto. Sem expressões visuais da religiosidade, a adaptação ao mundo contemporâneo para os templos evangélicos é mais simples. Não pelo mesmo motivo, mas para os mórmons, que surgiram no século 19, a chegada da tecnologia também não interfere nos dogmas da religião. Pelo contrário. Fazem questão de acompanhar a modernidade. Os católicos, embora de forma mais discreta, já têm se adequado ao uso da tecnologia. Por conta do ritual pré-moderno, a Igreja Católica não consegue se render às exigências da modernidade. Os ritos "ainda são determinantes para a religião” , explica o professo

Explosão em templo da religião sikh deixa três feridos na Alemanha

Três pessoas ficaram feridas, uma delas em estado grave, após uma explosão em um templo sikh de Essen , na Alemanha. Segundo a polícia local, o incidente aparenta ter sido causado de forma deliberada. A forte explosão ocorreu na noite deste sábado (16/04), depois da realização de um casamento no local. O interior do tempo ficou parcialmente destruído, e janelas foram quebradas. Segundo um vídeo postado pelo Sikh Channel no Facebook, crianças estavam no templo ensaiando para uma celebração no momento da explosão. Um porta-voz da polícia de Essen disse que uma pessoa mascarada foi vista fugindo do local momentos antes do incidente. Homens que seguem a religião monoteísta indiana sikh costumam usar turbantes e chegam a sofrer preconceito ao serem confundidos com muçulmanos. Em 2012, um homem matou seis pessoas num ataque a um templo sikh em Wisconsin , nos EUA. O caso foi tratado como um crime de motivação racial segundo a polícia, entretanto, não há indícios de que

Jesus Cristo é um ‘ready-made’ – Por Juan Villoro

Se alguma coisa define o nosso tempo é o uso religioso do que consideramos laico. “A religião é o ópio do povo”. A frase de Marx se tornou um dos grafites mais repetidos da história. Seu sucesso comprova a força do que critica. É difícil encontrar sociedades alheias à fé, à superstição ou ao consumo, forma moderna da teologia. Se alguma coisa define o nosso tempo é o uso religioso do que consideramos laico. Acabo de ver a frase em Oaxaca . As letras de spray foram traçadas sobre um velho muro da pedra esverdeada. Em nome da razão, a pintura industrial tingia a pedra. O grafiteiro assumia uma postura ateia e ao mesmo tempo revelava uma concepção sagrada da escrita: a mensagem lhe parecia tão transcendente que poderia escrevê-la aonde fosse. Enquanto a religião desaparece como tema de estudo nas escolas, as sociedades abraçam idolatrias que vão da política do espetáculo à técnica e ao comércio. Dependemos de equipamentos cujo funcionamento ignoramos e ganhamos pres