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Mostrando postagens de julho 5, 2016

O 'Deus Mercado' e a religião capitalista, segundo Jung Mo Sung – Por Tatiana Carlotti

Segundo especialista, a narrativa religiosa do neoliberalismo coloca a fé no Mercado como única possibilidade de salvação e culpa os pobres por sua pobreza. Os aspectos religiosos do neoliberalismo e o proselitismo na comunicação foram temas debatidos pelos professores da Universidade Metodista, Jung Mo Sung (Ciências da Religião) e Magali Cunha (Comunicação).  Eles participaram do seminário: “A Metafísica do Neoliberalismo e a Crise de Valores no Mundo”, promovido pelo Fórum 21, no último dia 2 de julho (sábado), no auditório da Fundação Escola de Sociologia e Política (FESP). O evento é o primeiro de uma série de debates voltada à discussão do neoliberalismo hoje. A escolha do tema, explica Anivaldo Padilha, presidente do Fórum 21, deve-se ao caráter sagrado atribuído ao mercado que congrega os atributos da “onipotência, onipresença e onisciência”. Uma espécie de “deus Mercado” que vem fracassando, sistematicamente, “em termos de justiça social e de igualdade

Lamya, 18 anos. Escrava do estado islâmico durante 20 meses - Por Sofia Lorena

Simplesmente por pertencer à comunidade yazidi, ligada aos curdos, a jovem iraquiana Lamya Taha foi vendida e violada até pensar que não aguentaria mais. Mas sobreviveu. Para contar a sua história.  Dizem que os yazidis são adoradores do diabo, mas eles sabem que o diabo são os outros. A religião deles é muito antiga, anterior a Cristo e a Maomé, provindo diretamente dos sistemas de crenças da Mesopotâmia. Mas desde que os muçulmanos existem, os yazidis vivem entre eles.  Por professarem uma religião de sincretismos num mundo islâmico fundamentalista, os yazidis sempre foram perseguidos e hoje estão espalhados pelo mundo. Em 2010, sobravam uns 800 mil, a maioria no Iraque. Hoje, depois de Saddam Hussein e dos extremistas, ninguém sabe quantos são. Estejam onde estiverem, os yazidis acreditam que o dia do julgamento final vai acontecer no templo de Lalish, a montanha do Curdistão iraquiano. É dali, dizem, que se separam os caminhos: para um lado, o inferno; na direção op